Um caminhão baú derrubou dois postes e causou transtornos para quem passa pelas ruas Cabo Verde e Jornalista Jair Silva, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com moradores, o veículo atingiu a fiação na Rua Cabo Verde e arrastou um poste de telefonia. Logo depois, o caminhão continuou o trajeto, virou na contramão da Rua Jornalista Jair Silva e atingiu uma outra estrutura, onde ficava o padrão de energia de um prédio. Depois de causar os acidentes na noite desta quarta-feira, o condutor do caminhão fugiu.
O trânsito na Rua Cabo Verde está interditado entre as ruas Muzambinho e Jornalista Jair Silva e ainda não há previsão de liberação. Os moradores enfrentam um histórico de problemas desde dezembro de 2013, quando um muro de arrimo de uma construção desabou exatamente no local onde o primeiro poste caiu nesta quarta-feira. A via ficou interditada durante 11 meses e, logo após ser liberada, uma cratera se abriu e trouxe novos problemas para a vizinhança. O poste de madeira que caiu havia sido colocado provisoriamente.
Técnicos da Cemig retiraram o poste da Rua Jornalista Jair Silva e liberaram a via. A estrutura foi amarrada junto ao muro de um imóvel vizinho.
A Defesa Civil também esteve no local e disse que não há risco. Segundo os moradores, a BHTrans foi acionada, mas até as 21h30, não tinha chegado ao local. Para amenizar os problemas no trânsito, um saco de lixo foi colocado na placa que indica o sentido proibido na Rua Jornalista Jair Silva para liberar um desvio para os motoristas. No entanto, alguns condutores que passam pela região ficam confusos com a situação. O trajeto do ônibus da linha 2152 Salgado Filho/Cruzeiro, que passa pelo local, foi desviado para Rua Alfenas.
O técnico de informática Paulo Nioite Vilasboas disse que descia para caminhar quando viu o acidente. “Vi o caminhão grudado na fiação do poste na Rua Cabo Verde. Um dos ocupantes desceu e tentou tirar os fios com uma vassoura. Em seguida, vi o caminhão virando na contramão da Rua Jornalista Jair Silva”, conta. Por causa do histórico de problemas, Paulo ainda diz que “a rua é amaldiçoada”.
Outros vizinhos reclamam que a rua é mal iluminada desde a queda do muro em 2013, quando o poste de iluminação que ficava no local também desabou. A bancária Selma Carvalho, moradora da rua há 23 anos, conta que a vizinhança já vinha pedindo a troca do poste provisório. “Há um ano e meio tentamos resolver essa situação e até agora nenhuma atitude foi tomada”, desabafa.
Segundo um morador, o poste de madeira já havia apresentado outros problemas há três semanas. Henrique Lisboa, de 27 anos, conta que um buraco se abriu na base da estrutura depois de uma chuva. De acordo com o técnico administrativo, os vizinhos se mobilizaram e taparam o buraco com uma massa de cimento.