A intervenção vai começar na manhã desta sexta-feira e implica na colocação de três novos aparelhos de apoio em cada um dos lados entre os dois que foram danificados por conta de um erro de projeto. Essas são as estruturas que garantem a absorção do impacto causado pela movimentação normal do elevado.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, uma vistoria de rotina no viaduto identificou o problema, no fim de 2014. A inspeção indicou que houve um desenho equivocado da posição de dois aparelhos de apoio, de responsabilidade da Consol (empresa que elabora o projeto), outra falta de percepção da Cowan (empresa que executa a obra) e mais uma falha na fiscalização, que não viu o erro. O Corpo Bombeiros e Defesa Civil de Belo Horizonte realizaram vistoria no local e descartaram risco de queda da estrutura.
PBH RECONHECE FALHA O prefeito de capital, Marcio Lacerda (PSB), admitiu na última terça-feira que houve erro na construção do viaduto Gil Nogueira. " A empresa que construiu disse que houve problema. A que executou (empresa) disse que houve problema de projeto. A perícia que será feita vai determinar isso", afirmou.
O Gil Nogueira é o terceiro viaduto com problemas dos sete do BRT/Move da Pedro I, de responsabilidade da Consol e da Cowan. Em julho de 2014, a alça sul do viaduto Batalha dos Guararapes caiu e deixou duas pessoas mortas, 23 feridas e fechou o trânsito na Avenida Pedro I por mais de 60 dias.
INVESTIGAÇÃO O Ministério Público de Minas Geras vai investigar o problema estrutural detectado no Viaduto Gil Nogueira. O promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, informou que enviará um pedido de informações à administração municipal sobre o desnível apresentado no elevado, além de solicitar a um perito do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea) um posicionamento a respeito do caso.
Com informações de Luana Cruz, João Henrique do Vale e Valquíria Lopes