Os bandidos chegam correndo à estação para pegar o ônibus do BRT, mas as portas do coletivo, da linha 51, já estão fechando e o ônibus arranca. Eles permanecem na estação e, em seguida, um deles saca uma faca e ameaça a vítima. Na tentativa de se livrar do agressor, o passageiro, que também aguardava o ônibus na estação, leva um corte no peito.
Durante a ação, uma testemunha, assustada, entrou em um ônibus que parou no terminal. Outra passageira prestou socorro ao homem, depois que os assaltantes fugiram. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), aparentemente, o local do crime é a estação do Move UFMG, na Avenida Antônio Carlos.
Esta não é a primeira vez que estações do Move foram alvo de ações criminosas. Em 19 de janeiro, um trio foi detido após ameaçar funcionários da estação São Gabriel, ao lado da Avenida Cristiano Machado, e agredir um guarda municipal. A ocorrência começou quando duas adolescentes tentaram embarcar pulando a roleta. Uma funcinária tentou impedir as jovens e foi ameaçada de ter o pescoço cortado por uma delas, com uma gilete.
Guardas municipais conseguiram deter a jovem de 15 anos, que fazia as ameaças. A outra fugiu. Durante a apreensão, dois homens, de 21 e 25, se aproximaram e agrediram dois guardas municipais que atuavam na ocorrência para tentar livrar a adolescente. Os agentes de segurança conseguiram dominar os envolvidos e chamaram a Polícia Militar. Os três foram detidos. Em 8 de janeiro dois homens fugiram da Estação do Move Aparecida, na Avenida Antônio Carlos, altura do Bairro Cachoeirinha depois de assaltar três pessoas no terminal. Segundo o boletim de ocorrência, os bandidos levaram cerca de R$ 800 em dinheiro e celulares das vítimas.
Questionada sobre a segurança nas estações, a BHTrans informou que a licitação para a vigilância armada noturna nos terminais de transferência do Move foi anulada em função de dúvidas geradas em cláusulas do edital e em cumprimento de determinação judicial. Um novo texto de edital e um termo de referência serão elaborados, com adaptações necessárias, e serão lançados, caso um convênio proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte com o governo do estado para atuação de policiais militares reformados na vigilância das estações não se efetive. As estações continuam sendo monitoradas pela Guarda Municipal e pelo Centro de Operações da prefeitura, segundo a empresa que gerencia o transporte e trânsito na capital.
VANDALISMO A depredação é outro problema recorrente.
Em outro vídeo, também do Setra-BH, datado de 29 de março, outro homem aparece tentando arrancar uma das portas da estação do Minas Shopping, também na Região Nordeste.
Relatório do Setra-BH indica que, em 2014, 1.932 ônibus foram depredados. Os danos vão desde uma janela quebrada à perda total por incêndio. Esses números significam que dois terços da frota de três mil ônibus que circulam na capital passaram pela oficina em 2014. Em 2015, já são 115 depredados (em apenas seis das 40 empresas) e seis incendiados.
Assista às imagens do assalto
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