Em torno de 35 moradores do Bairro Castelo, na Região da Pampulha, fizeram ato de protesto, na manhã deste domingo, contra o desmatamento de uma área de 7,2 mil metros quadrados, localizada em um quarteirão do bairro. No local foram plantada 51 cruzes. O administrador de empresas Eduardo Munhoz contou à reportagem do em.com.br que a derrubada das árvores ocorreu na última quarta-feira, desmatando em torno de 3 mil metros quadrados do terreno. A terraplenagem do lote ocorreu por determinação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que pretende construir no local uma Unidade Municipal de Ensino Infantil (Umei).
De acordo com Munhoz, a área desmatada era até 2013 local de preservação ambiental. No início daquele ano, a prefeitura tentou construir no local uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A obra acabou sendo embargada por tratar-se, na época, de construção em área de preservação ambiental. Hoje, conforme aprovação de projeto na Câmara Municipal de Belo Horizonte, a área está liberada para construção de unidades da prefeitura.
Apesar da legalidade da obra, Munhoz disse que ele e outros moradores não vão desistir da mata, que, segundo ele, além de abrigar árvores de tipos diversos, incluindo frutíferas, serve também de ponto de passagem para aves migratórias. “Vamos acionar o Ministério Público nesta segunda-feira (6) para embargar a obra na Justiça”, disse Munhoz.
Resposta da prefeitura
A Prefeitura de Belo Horizonte reiterou.
Além disso, registra a nota, não aconteceram audiências públicas sobre a obra em questão. A prefeitura alega ainda que a construção da Umei reflete déficit de 813 vagas no Bairro Castelo, que já conta com uma unidade para atender crianças até cinco anos. Porém, de acordo com a PBH, a capacidade de atendimento para 400 crianças da Umei construída no bairro está esgotada.
A nota informa ainda que a nova unidade da Umei no Bairro Castelo será feita por meio de Parceria Público-Privada, com custo de aproximadamente de R$ 3,8 milhões. O prazo previsto para o término da obra é de 12 meses..