Os usuários da unidade de saúde que trata pessoas diagnosticadas com hanseníase reclamam que faltam medicamentos para os doentes e que a casa tem problemas sérios de segurança. “Os roubos na enfermaria são frequentes. O que queremos mostrar com esta ocupação é que estamos sofrendo com o descaso por parte do governo. Por isso pedimos a ajuda dos deputados”, explica o paciente José Eduardo da Silva, de 59 anos.
Além disso, José afirma que novos casos de hanseníase têm sido registrados entre funcionários e parentes dos doentes que frequentam a casa de saúde. A Fhemig informou que já apura se há novos casos de contaminação dentro da unidade. Em relação à reclamação de falta de medicamentos, a fundação nega o problema e diz que os remédios são fornecidos normalmente. A instituição não confirma ainda a ocorrência de qualquer crime dentro das dependências da unidade de saúde em Ubá.
Durante a manhã, cerca de 400 pessoas chegaram a ocupar a Assembleia. O ato deve atravessar a noite, já que os manifestantes pretender dormir no local. Os servidores da Fhemig ligados à Associação Sindical dos Trabalhadores em hospitais de Minas Gerais (Asthemg), em greve há mais de uma semana, aproveitam o protesto para reivindicar reajuste salarial de acordo com a inflação dos últimos três anos e melhores condições de trabalho. Governo e trabalhadores voltam a se reunir em 24 de abril.