Parte do muro do Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, desabou durante os trabalhos do Corpo de Bombeiros nesta quinta-feira. Os militares faziam vistoria em uma árvore de grande porte para verificar a necessidade de corte. Os trabalhos eram realizados com uma viatura Autobomba Plataforma Escada. Quando o veículo deixava o local, esbarrou no portão do imóvel e parte do muro desabou. Ninguém se feriu.
O Corpo de Bombeiros informou que a batida aconteceu durante a manobra para deixar o palácio. O veículo atingiu o portão de saída na Avenida Cristóvão Colombo. O entulho e parte do portão ficaram sobre a calçada.
Os militares estavam no local para fazer uma simulação de corte de uma palmeira imperial de aproximadamente 21 metros de altura nos jardins dos fundos do Palácio. A palmeira foi condenada à queda pela Prefeitura de Belo Horizonte, a partir de laudos emitidos pela Cemig, Universidade Federal de Viçosa e Instituto Estadual de Florestas. Os bombeiros vão realizar a supressão em 14 de abril.
Conforme os bombeiros, a Polícia Civil faz perícia no local. Uma avaliação também será feita pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). A corporação informou que a Diretoria de Manutenção do Palácio se responsabilizou pela reconstrução da parte do muro que foi danificada.
Nesta tarde, operários já começaram os trabalhos para recolocar os tijolos queimados e o portão que teve a parte da grade superior amassada. Em nota, a Superintendência de Administração e Gestão de Palácios afirmou que técnicos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) avaliam o local para avaliar os danos e planejar as ações de reparo.
O Palácio da Liberdade foi construído em 1897 para ser a sede do Governo de Minas Gerais. Por lá passaram políticos ilustres como os ex-governadores e ex-presidentes da República Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. Desde de 2013, o imóvel, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), virou museu.
Lá, são mostradas as memórias e histórias política do estado a partir de 16 ex-governadores já falecidos e que, entre os 50 que passaram pelo Poder Executivo, mais marcaram a antiga sede do governo de Minas.