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Estado de Minas

Integrantes de movimentos populares ocupam prédio da Prefeitura de Ibirité

Atualmente, famílias estão vivendo em um terreno onde estavam sendo construídos prédios com verba do Governo Federal. Elas querem discutir situação com o prefeito


postado em 09/04/2015 15:48 / atualizado em 09/04/2015 16:29

Ver galeria . 4 Fotos Frei Gilvander/Divulgação
(foto: Frei Gilvander/Divulgação )
Famílias que integram o Movimento de Luta pelos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocupam o prédio da prefeitura de Ibirité na tarde desta quinta-feira. Eles exigem uma reunião com o prefeito Antônio Pinheiro Neto (PP), para discutirem soluções e alternativas sobre a situação da Ocupação Barreirinho, instalada em um terreno onde estão obras inacabadas do Governo Ferderal (PAC).

De acordo com Leonardo Péricles, um dos coordenadores do MLB, as famílias estão vivendo no terreno porque o local foi abandonado por duas construtoras. “Só foi feito o primeiro andar sem a laje e o lugar está cheio de mato. O conjunto, que era para abrigar famílias de baixa renda, passou a ser um depósito de lixo. Tamanhos problemas começaram a incomodar os moradores do entorno que reclamaram junto ao poder público municipal por diversas vezes. Por isso, há cerca de seis meses algumas famílias de baixa renda estão vivendo no local”, disse.

Conforme o Frei Gilvander, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), as famílias já fizeram uma solicitação ao Ministério Público de Ibirité para que investigue os motivos que levaram daus construtoras a abandonarem o curso das obras. “Acreditamos que possam ter havido sérios desvios de verba e isso precisa ser investigado. Existem muitas famílias carentes que precisam de um local para viver e isso não acontece por erros em nossa administração pública”, completa.

Em nota, a prefeitura de Ibirité informou que reintegrou a posse do terreno localizado no Bairro Primavera, mediante uma autorização judicial. Para que sejam realizadas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Informou ainda que o contrato da prefeitura com a Caixa Econômica Federal, para as obras de infraestrutura, está assinado e uma licitação será realizada no primeiro semestre de 2015.

Além disso, a administração municipal informou que as famílias retiradas do local estão sendo cadastradas e a ocupação dos apartamentos seguirá critérios sociais, priorizando famílias que vivem em áreas de riscos e que pagam aluguéis.


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