A Polícia Civil vai apurar a participação de um jovem de 20 anos no assassinato de um garoto dentro de uma escola do Bairro Teresópolis, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu em março deste ano e deixou quatro pessoas feridas, entre elas, a vice-diretora, uma professora e um aluno da instituição. O suspeito foi preso na tarde desta sexta-feira com um carro roubado no Bairro Laranjeiras, na mesma cidade. A namorada dele, de 16 anos, também foi apreendida.
Ao ser preso, o jovem, identificado apenas como Wagner, afirmou que pegou o carro emprestado com um amigo e que não saiba que era roubado. “Disse que pegou com um adolescente e negou o crime. Mas, temos várias filmagens dele junto com esse colega praticando assaltos a padarias de Betim”, afirma. A namorada do suspeito foi detida e encaminhada para a delegacia.
O homem preso já tem passagens pela polícia e é suspeito de participação no homicídio dentro da Escola Estadual Senador Teotônio Vilela. “Ele nega veementemente, mas algumas testemunhas apontam a sua participação. Existe essa suspeita. Vamos levantar as informações, diligenciar e ver se realmente tem a ver com o crime ou não”, diz o sargento.
O assassinato que assustou os moradores do Bairro Jardim Teresópolis aconteceu em 12 de março. Criminosos armados invadiram a instituição durante a saída de alunos e funcionários. Os bandidos abriram fogo no pátio em busca do alvo Bruno Alves de Souza, de 20, que foi morto. A vice-diretora, uma professora, um aluno e um adolescente que estava na escola tentando uma vaga foram baleados, mas sem gravidade.
Os quatro baleados foram socorridos na Unidade de Atendimento Imediato (UAI) Teresópolis. A vice-diretora e professora de português, A.P.S, de 44, foi baleada na perna esquerda. Já a professora de matemática A.F.D., de 42, só não sofreu perfuração no peito, porque, na hora do tiroteio, segurava livros, trabalhos e provas junto ao corpo que amorteceu o impacto, e sofreu apenas um hematoma. O aluno W.P.C.B., de 17, foi atingido em uma nádega, e o menor em busca da vaga G.R.S., de 16, tomou um tiro na perna.
No dia do crime, testemunhas contaram que oito rapazes conversavam perto de um ponto de ônibus perto da escola quando cinco pessoas armadas em três carros chegaram atirando. As vítimas correram para dentro da escola, que estavam com o portão aberto. O homicídio teria ligação com a guerra por disputa por pontos de tráfico de drogas.