Em meio a uma crise do sistema carcerário que resultou na interdição Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, em Belo Horizonte, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou nesta sexta-feira que não há medidas a curto prazo para solucionar o problema. De acordo com o secretário Bernardo Santana Vasconcelos, o governo já iniciou o processo de retomada de financiamento para dar continuidade às obras de reforma e ampliação de unidades prisionais em todo o estado. Segundo ele, a atual gestão não encontrou nenhuma obra em andamento.
Outra medida prática informada pelo secretário é que o estado irá adotar o sistema parceria público-privada (PPP) para construção de seis novas unidades prisionais em Minas, duas delas na Região Metropolitana, uma voltada para o público feminino, outra para menores e outras duas ainda sem definição de local. O governo irá a demanda de pelo menos quatro regiões do estado: Triângulo Mineiro, Norte, Sul e Vale do Rio Doce.
Ainda de acordo com o secretário, existem hoje mais de 65 mil presos ocupando as 37.328 vagas em Minas Gerais. Os números mostram que a relação de presos/vagas é de quase dois para um. “Todos os presídios no estado estão superlotados. Não há mágica no mundo real. Mesmo que os recursos fossem inesgotáveis – e eles não são – nenhuma obra de engenharia pode dar conta desse déficit em tão curto prazo”, afirmou o secretário.
Ceresp Gameleira
O Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, em Belo Horizonte , está fechado desde a última terça-feira por decisão judicial.