As extensas grades do Parque Municipal Américo René Gianetti transformaram-se neste sábado em um gigantesco cabide, com a exposição de roupas, calçados e acessórios de segunda mão, provenientes de doações. A ação faz parte da The Street Store, iniciativa inédita no Brasil da chamada 'loja de rua', uma proposta de inovação social na indústria da moda por oferecer as peças à população de rua das cidades. Dezenas deles dormiram na fila em Belo Horizonte para ser os primeiros a participar. Eram gravatas, calças sociais, tênis de marca e agasalhos, à escolha de fregueses bem diferentes do convencional, desacostumados de poder exigir o estilo e o tamanho das peças, exatamente do número que vestem ou calçam.
Um início de tumulto chegou a se formar na Avenida Afonso Pena para estabelecer quais seriam, efetivamente, os 10 primeiros ocupantes da fila, que se prolongava até o final do quarteirão. Enquanto isso, um grupo tentava forçar o cordão de isolamento. “Calma, gente! Vai ter roupa para todo mundo, durante o dia inteiro”, esclareceu a designer de produtos Luciana Duarte, de 28 anos, organizadora da primeira versão do The Street Store em BH. Ela se inspirou na palestra do papa da justiça social também na moda, o italiano Ezio Manzini.
“Para mim, que sou do interior de Minas, é surreal passar indiferente pelos moradores de rua jogados nas calçadas como se fossem lixo. Penso que a roupa pode vir a se tornar um vetor para modificar o olhar das pessoas em relação a eles”, compara ela, que já sonha em lançar outro evento, exclusivo para desovar peças-piloto de estilistas e marcas famosas.
Um início de tumulto chegou a se formar na Avenida Afonso Pena para estabelecer quais seriam, efetivamente, os 10 primeiros ocupantes da fila, que se prolongava até o final do quarteirão. Enquanto isso, um grupo tentava forçar o cordão de isolamento. “Calma, gente! Vai ter roupa para todo mundo, durante o dia inteiro”, esclareceu a designer de produtos Luciana Duarte, de 28 anos, organizadora da primeira versão do The Street Store em BH. Ela se inspirou na palestra do papa da justiça social também na moda, o italiano Ezio Manzini.
“Para mim, que sou do interior de Minas, é surreal passar indiferente pelos moradores de rua jogados nas calçadas como se fossem lixo. Penso que a roupa pode vir a se tornar um vetor para modificar o olhar das pessoas em relação a eles”, compara ela, que já sonha em lançar outro evento, exclusivo para desovar peças-piloto de estilistas e marcas famosas.
Confira a galeria de imagens da 'loja de rua' em BH