Os diagnósticos químicos feitos na etapa de projeto do Rodoanel indicam que sete dos oito principais mananciais que serão cortados pela obra estão criticamente afetados pelo despejo de esgotos clandestinos e acúmulo de lixo industrial em suas margens.
São cursos d’água afastados da área central da capital mineira, nas bacias dos rios Paraopeba e das Velhas, como o Ribeirão das Areias, que faz limite com Ribeirão das Neves, Vespasiano e Pedro Leopoldo, e o Córrego Sujo, em Vespasiano, que, apesar do nome, tinha apenas barro em suas águas e hoje se tornou um manancial morto, praticamente um canal de esgoto a céu aberto.
A expectativa de implantação da autoestrada que desviará o tráfego das BRs 040 e 381 das áreas urbanas da capital e da região metropolitana amplia o temor dos moradores para uma degradação ainda maior, embora a Setop tenha informado que uma decisão sobre o traçado e a modalidade de gestão da nova rodovia será acertada apenas depois de avaliações que terminam neste semestre.