Ao todo, os policiais cumprem 229 mandados, sendo 41 de prisão, sete de conduções coercitivas e 61 de busca e apreensão, 12 de afastamentos de cargo público, 51 de sequestro de bens e 57 de afastamentos de sigilo bancário.
Conforme a PF, a quadrilha agia de diversas formas para a obtenção do valor do benefício em nomes de terceiros, que eram envolvidos no esquema sem conhecimento. A ação incluía falsificação de assinaturas, pagamento do seguro em valores expressivos, entre outros.
Montes Claros
Em Montes Claros, no Norte de Minas, um dos municípios onde a organização criminosa agia, uma das primeiras denúncias sobre o caso foi feita pelo juiz Danilo Campos, da 5ª Vara cível da cidade. Ele encaminhou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal, solicitando a apuração do suposto esquema ao perceber o aumento significativo de ações na Justiça para recebimento do seguro.
Ainda segundo o magistrado, havia indícios evidentes de simulação de lesão com danos às vítimas. Com isso, os suspeitos recebiam o valor do seguro por meio de pedidos protocolados por advogados na cidade. Conforme a denúncia do juiz, a maioria das ações tinha um laudo com a assinatura do mesmo médico.
Em Montes Claros, estão sendo investigados de 8 e 10 policiais civis, inclusive um delegado, um médico, advogados e agentes. Eles foram conduzidos para delegacia da Polícia Federal do município. Seguradoras que são legalmente constituídas também são alvo da operação. Nesses, locais a PF cumpre mandados de busca e apreensão.
Os investigados vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, além de facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.
O número total de presos ainda não foi informado e outros detalhes da operação serão divulgados durante uma entrevista coletiva, marcada para 14h30, na sede da PF de Montes Claros..