A publicação das portarias do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que restringem o uso da água dos reservatórios do Sistema Paraopeba, deixou apreensivos setores afetados pelos cortes. Para a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), reduzir a quantidade de água na irrigação é, obrigatoriamente, diminuir a produção. Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) acredita que alguns segmentos, como a indústria de alimentos, vão precisar de uma readequação do processo produtivo. Também será necessário abrir linhas de crédito para incentivar investimentos em novas tecnologias de reuso de água e economia do recurso, o que seria inviável para as menores empresas com recursos próprios.
O analista ambiental da Faemg, Carlos Alberto Oliveira, é taxativo ao dizer que cortar a água da irrigação das hortaliças, por exemplo, é prejudicar bastante o setor. “Quando ele pede outorga para irrigação, é porque ele precisa da água. Com menos água, a produção tem que diminuir, pois sem o recurso não é possível manter o padrão de quando a captação está normal”, diz o analista. Carlos Alberto ainda reconhece que a situação é crítica, mas não vê alternativas para manter os agricultores menores imunes à crise cortando a água. “Vamos fazer um esforço para localizar essas pessoas e entrar em contato para alertar sobre a situação”, afirma.
Já o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares, pensa que um agravamento do quadro com mais cortes pode levar algumas empresas até a fechar as portas. “Se houver recrudescimento da capacidade de fornecimento de água, há sim possibilidades de fechamento. Vai depender da tecnologia que a empresa já tem embutida em seu processo produtivo”, afirma o gerente. Soares entende que o melhor caminho seria tentar negociar uma solução diferente com o Igam. “O setor que já tivesse investido em tecnologias e já tivesse um grau de redução poderia solicitar ao Igam uma negociação de alguma economia mais factível”, sugere.
O gerente ainda lembra que em alguns casos é muito complicado reduzir o consumo, principalmente o de alimentos. “No abate de bois, por exemplo, você tem uma regra de 800 litros de água para cada carcaça abatida. Nos frangos, são 30 litros por animal”, acrescenta. Por fim, Soares diz que as empresas precisarão de ajuda para se modernizarem. “Teremos que ter linhas de crédito para investimentos em tecnologias de reuso ou outros tipos de economia”, completa.
O diretor administrativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sidiextra), Cristiano Parreiras, diz que as empresas terão que se readequar ao novo cenário, mas o setor já tem investido para valorizar a água. “Mais de 80% da água usada nos processos da mineração já é reutilizada. O atual nível de produção poderá ser mantido tendo em vista que temos tecnologia eficiente na boa gestão do uso dos recursos hídricos”, completa.
O analista ambiental da Faemg, Carlos Alberto Oliveira, é taxativo ao dizer que cortar a água da irrigação das hortaliças, por exemplo, é prejudicar bastante o setor. “Quando ele pede outorga para irrigação, é porque ele precisa da água. Com menos água, a produção tem que diminuir, pois sem o recurso não é possível manter o padrão de quando a captação está normal”, diz o analista. Carlos Alberto ainda reconhece que a situação é crítica, mas não vê alternativas para manter os agricultores menores imunes à crise cortando a água. “Vamos fazer um esforço para localizar essas pessoas e entrar em contato para alertar sobre a situação”, afirma.
Já o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares, pensa que um agravamento do quadro com mais cortes pode levar algumas empresas até a fechar as portas. “Se houver recrudescimento da capacidade de fornecimento de água, há sim possibilidades de fechamento. Vai depender da tecnologia que a empresa já tem embutida em seu processo produtivo”, afirma o gerente. Soares entende que o melhor caminho seria tentar negociar uma solução diferente com o Igam. “O setor que já tivesse investido em tecnologias e já tivesse um grau de redução poderia solicitar ao Igam uma negociação de alguma economia mais factível”, sugere.
O gerente ainda lembra que em alguns casos é muito complicado reduzir o consumo, principalmente o de alimentos. “No abate de bois, por exemplo, você tem uma regra de 800 litros de água para cada carcaça abatida. Nos frangos, são 30 litros por animal”, acrescenta. Por fim, Soares diz que as empresas precisarão de ajuda para se modernizarem. “Teremos que ter linhas de crédito para investimentos em tecnologias de reuso ou outros tipos de economia”, completa.
O diretor administrativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sidiextra), Cristiano Parreiras, diz que as empresas terão que se readequar ao novo cenário, mas o setor já tem investido para valorizar a água. “Mais de 80% da água usada nos processos da mineração já é reutilizada. O atual nível de produção poderá ser mantido tendo em vista que temos tecnologia eficiente na boa gestão do uso dos recursos hídricos”, completa.