O homem que aterrorizava mulheres em bairros da Região Centro-Sul de Belo Horizonte ao mostrar o órgão genital e se masturbar, foi identificado e detido pela Polícia Civil. O vigia Reginaldo Araújo dos Santos, de 35 anos, foi identificado através de imagens captadas por testemunhas que flagraram a cena na Rua Montes Claros, no Bairro Carmo. Em depoimento, o homem confirmou ser a pessoa que aparece nas fotos, mas negou ter se exibido. Ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. Essa foi a terceira vez que ele foi detido por causa do mesmo crime.
O caso veio à tona em março deste ano. Preocupados com os constantes atos obscenos por parte do vigia, moradores afixaram uma faixa na Rua Montes Claros com o dizeres: “Cuidado. Aqui tem maníaco sexual, assaltante, etc e tal”. Imagens do momento em que o homem cometia o crime também circularam pelas redes sociais. A Polícia Militar (PM) informou, na época, que o homem costumava a se exibir, para pedestres e motoristas, em um lote não murado e com restos de entulho.
Equipes da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) fizeram campana no local onde os atos costumavam acontecer e identificaram uma testemunha. “Essa pessoa reconheceu o homem como sendo o autor do ato obsceno. Levantamos o endereço dele e o intimamos para comparecer à delegacia”, explica a delegada Cristiana Ferreira Lopes.
Ao ser ouvido, segundo a Polícia Civil, confirmou ser a pessoa que aparece nas fotos, porém, alegou que na ocasião tinha estava passando mal. “Ele alegou que estava passando pela rua quando teve um desconforto intestinal e que defecou na rua. Mas, uma vítima confirmou o ato obsceno”, comentou a delegada.
Como não ficou comprovada a participação de Reginaldo em outro tipo de crime, ele foi enquadrado na transgressão prevista no artigo 233 do Código Penal, por prática de ato obsceno, com pena prevista de três meses a um ano de reclusão ou multa. Ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) se comprometendo a se apresentar ao Juizado Especial Criminal.
Essa não foi a primeira vez que ele comete este tipo de crime. Reginaldo já compareceu ao Juizado pela mesma situação em 2002 e 2007. Porém, a polícia ainda busca elementos para a prisão preventiva. “Houve um espaço grande de tempo entre os casos. Então, são precários os elementos para pedir a preventiva. Vamos aguardar para ver se ele vai continuar com esta prática, para depois pedirmos a prisão”, disse Cristiana Ferreira. “Ele é uma pessoa trabalhadora e com uma rotina considerada normal, mas tem essa situação desses atos. A razão pode ser motivos psicológicos”, completou.