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Estado de Minas

Santa Casa cancela cirurgias por causa da falta de roupas para equipe médica

Nos últimos dois dias, oito procedimentos deixaram de ser feitos por causa do problema. Unidade afirma que empresa terceirizada se comprometeu a resolver a situação ainda nesta semana


postado em 15/04/2015 14:54

Mais um hospital de Belo Horizonte enfrenta problemas devido a falta de equipamentos. A Santa Casa cancelou oito cirurgias nos últimos dois dias por causa do atraso da entrega de roupas usadas no procedimento médico. A assessoria de imprensa da unidade de saúde informou, nesta quarta-feira, que a situação deve ser normalizada ainda nesta semana. Na terça-feira, o Estado de Minas mostrou que uma denúncia da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais da Fhemig (Asthemg) de que 54 cirurgias eletivas (pré-agendadas) foram canceladas este ano na Maternidade Odete Valadares, no Bairro Prado, Região Oeste de BH, por falta de anestesia.

Os cancelamentos de cirurgias começaram na Santa Casa na última segunda-feira. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da unidade, 53 procedimentos foram feitos no dia, mas seis não aconteceram por causa da falta da roupa. No dia seguinte, foram realizadas 57 operações e duas canceladas.

Segundo a unidade de saúde, a redução no fluxo de entrega de roupa limpa, que inclui o enxoval cirúrgico, “está relacionada a problemas operacionais enfrentados pelo fornecedor com escala de pessoal e absenteísmo”. Comunicou, ainda, que “o prestador de serviço se comprometeu a normalizar o atendimento à instituição ainda essa semana. Para isso, montou uma força-tarefa para cuidar especialmente das demandas do Grupo Santa Casa BH, que lava em média 4 toneladas de roupas por dia”.

Problemas de cancelamentos de cirurgias também são vividos na Maternidade Odete Valadares. A Asthemg denunciou que 54 procedimentos cirúrgicos foram cancelados nos últimos quatro meses por causa da falta de anestesia. Segundo a diretora da Asthemg, Mônica Abreu, foram suspensas 18 em janeiro, 15 em fevereiro, 15 em março e seis em abril. A Fhemig admite o cancelamento dos procedimentos, em quantidade inferior à apontada pela Asthemg, mas não informou o número exato.


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