O belo-horizontino terá de pedalar mais, malhar muito para ajustar a silhueta. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) traz boas e más notícias para quem vive na capital. A boa é que aumentou em 2014 a quantidade de pessoas que declararam praticar exercícios físicos em comparação com o ano anterior. O número de quem sua a camisa passou de 35,9% para 40%. “É bom que as pessoas tenham consciência de que precisam mudar o estilo de vida, mas nem sempre conseguem”, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Regional Minas, o endocrinologista Márcio Lauria.
O percentual de esportistas na capital mineira está acima da média nacional, que é de 35%. Os dados foram apresentados nessa quarta-feira pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília. Foram ouvidas por telefone 40.853 pessoas em todo o país. O estudo permite acompanhamento e monitoramento de fatores de riscos e avaliação de tendências em relação à prática de atividade física, obesidade e sobrepeso, alimentação saudável e níveis de colesterol. O levantamento é realizado desde 2006.
Os mineiros da capital declararam comer mais frutas e hortaliças que a média nacional. Também aumentou, de 2013 para 2014, em 2,6 pontos percentuais o número de quem aderiu a essas fontes nutricionais. Quem vive em BH toma menos refrigerante, 18% frente aos 20,8% da média nacional.
A má notícia da pesquisa é que comem carnes mais gordas que a média nacional. A comida mineira está entre as preferidas do Brasil, mas ainda assim os belo-horizontinos trocam mais as refeições por lanches rápidos. O consumo de sal ainda é muito alto e, para agravar o mau hábito, nem sequer é notado pelo brasileiro. A quantidade recomendável é de 5 gramas, mas a população consome, em média, duas vezes e meia mais do que isso, cerca de 13 gramas.
Se, por um lado, houve um aumento na prática de exercícios físicos entre os belo-horizontinos e o acréscimo de alimentos mais saudáveis à dieta, por outro, ainda se dá opção para as carnes gordas e para o fast food. Por isso, é preciso malhar mais para entrar em forma. Cerca de 49% estão em desacordo com a balança. A obesidade atinge 17% e aumentou em relação a 2013, quando eram 14,6%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como nível aceitável 15% da população obesa.
O endocrinologista Márcio Lauria lembra que é importante observar nos próximos anos se há uma curva ascendente em relação à obesidade em Belo Horizonte, para saber se é uma tendência. “De qualquer forma, existe um número alto de pessoas com sobrepeso e obesas, que é um problema sério de saúde pública”, disse. O aumento do número de pessoas que relataram fazer mais exercícios é um bom sinal e poderá repercutir nas pesquisas futuras. “Mas não basta apenas fazer atividade física, é preciso melhorar a alimentação e também adequar o tipo de exercício”, pondera.
Mais da metade dos brasileiros está com excesso de peso (52%). Na média nacional, a obesidade, porém, estacionou. Há três anos consecutivos (2012-2014), a epidemia se manteve estável, em patamares de 17,4%, 17,5% e 17,9%, respectivamente. Os homens estão mais fora das medidas do que as mulheres. Entre as brasileiras, 49,1% apresentam excesso de peso. Eles são 56,5%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera sobrepeso quem está com índice de massa corporal (IMC) acima de 25 e obeso acima de 30. A escolaridade é um dos fatores que contribuem para menos sedentarismo e para uma alimentação mais saudável. Segundo o ministro da Saúde, o acesso à informação é uma das principais armas contra o ganho de peso.
Chioro destacou que uma das metas do ministério é estancar o crescimento da obesidade no país e que a estabilidade já é para ser comemorada. Segundo ele, em comparação com outros países da América Latina, o Brasil ocupa uma das melhores posições. Na Argentina, o índice é de 22,5% e no Chile, 25%.
BRIGA COM A BALANÇA
O auxiliar administrativo Alberto Amaral, de 30 anos, mudou hábitos e passou a comer alimentos mais saudáveis, mas não consegue diminuir a barriga mesmo correndo 6 quilômetros por dia. “Saio do Bairro Concórdia, onde moro, e corro todos os dias na Avenida José Cândido da Silveira, na Cidade Nova, de segunda a sexta-feira”, conta. Por mais que se esforce, ele reclama que não consegue chegar ao corpo ideal. “Ainda bebo bastante durante o fim de semana. Se não fosse esse meu esforço, estaria obeso. Tento perder na semana o que ganho no fim de semana”, brinca Alberto, que pesa 80 quilos.
Enquanto isso, a assistente administrativa Renata Fernandes da Silva, de 35, está conseguindo cumprir a sua meta e já perdeu 3 quilos em apenas um mês. “Estou mais preocupada com a saúde, por causa da idade, e todo dia faço caminhada durante uma hora. Parei de comer comida gordurosa e estou dando preferência aos legumes e verduras. Tenho conseguido resistir à comida mineira, que é muito pesada, mas ainda como porções menores, sem exageros. Pretendo perder mais peso, que é uma grande dificuldade que tenho”, reclamou Renata, que pesa 70 quilos e pretende baixar para 65 quilos. “Todo santo dia subo na balança. Já sinto os efeitos dessa mudança de hábito. Estou mais bem disposta e me sentindo menos cansada”, comentou.
O percentual de esportistas na capital mineira está acima da média nacional, que é de 35%. Os dados foram apresentados nessa quarta-feira pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília. Foram ouvidas por telefone 40.853 pessoas em todo o país. O estudo permite acompanhamento e monitoramento de fatores de riscos e avaliação de tendências em relação à prática de atividade física, obesidade e sobrepeso, alimentação saudável e níveis de colesterol. O levantamento é realizado desde 2006.
Os mineiros da capital declararam comer mais frutas e hortaliças que a média nacional. Também aumentou, de 2013 para 2014, em 2,6 pontos percentuais o número de quem aderiu a essas fontes nutricionais. Quem vive em BH toma menos refrigerante, 18% frente aos 20,8% da média nacional.
A má notícia da pesquisa é que comem carnes mais gordas que a média nacional. A comida mineira está entre as preferidas do Brasil, mas ainda assim os belo-horizontinos trocam mais as refeições por lanches rápidos. O consumo de sal ainda é muito alto e, para agravar o mau hábito, nem sequer é notado pelo brasileiro. A quantidade recomendável é de 5 gramas, mas a população consome, em média, duas vezes e meia mais do que isso, cerca de 13 gramas.
Se, por um lado, houve um aumento na prática de exercícios físicos entre os belo-horizontinos e o acréscimo de alimentos mais saudáveis à dieta, por outro, ainda se dá opção para as carnes gordas e para o fast food. Por isso, é preciso malhar mais para entrar em forma. Cerca de 49% estão em desacordo com a balança. A obesidade atinge 17% e aumentou em relação a 2013, quando eram 14,6%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como nível aceitável 15% da população obesa.
O endocrinologista Márcio Lauria lembra que é importante observar nos próximos anos se há uma curva ascendente em relação à obesidade em Belo Horizonte, para saber se é uma tendência. “De qualquer forma, existe um número alto de pessoas com sobrepeso e obesas, que é um problema sério de saúde pública”, disse. O aumento do número de pessoas que relataram fazer mais exercícios é um bom sinal e poderá repercutir nas pesquisas futuras. “Mas não basta apenas fazer atividade física, é preciso melhorar a alimentação e também adequar o tipo de exercício”, pondera.
Mais da metade dos brasileiros está com excesso de peso (52%). Na média nacional, a obesidade, porém, estacionou. Há três anos consecutivos (2012-2014), a epidemia se manteve estável, em patamares de 17,4%, 17,5% e 17,9%, respectivamente. Os homens estão mais fora das medidas do que as mulheres. Entre as brasileiras, 49,1% apresentam excesso de peso. Eles são 56,5%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera sobrepeso quem está com índice de massa corporal (IMC) acima de 25 e obeso acima de 30. A escolaridade é um dos fatores que contribuem para menos sedentarismo e para uma alimentação mais saudável. Segundo o ministro da Saúde, o acesso à informação é uma das principais armas contra o ganho de peso.
Chioro destacou que uma das metas do ministério é estancar o crescimento da obesidade no país e que a estabilidade já é para ser comemorada. Segundo ele, em comparação com outros países da América Latina, o Brasil ocupa uma das melhores posições. Na Argentina, o índice é de 22,5% e no Chile, 25%.
BRIGA COM A BALANÇA
O auxiliar administrativo Alberto Amaral, de 30 anos, mudou hábitos e passou a comer alimentos mais saudáveis, mas não consegue diminuir a barriga mesmo correndo 6 quilômetros por dia. “Saio do Bairro Concórdia, onde moro, e corro todos os dias na Avenida José Cândido da Silveira, na Cidade Nova, de segunda a sexta-feira”, conta. Por mais que se esforce, ele reclama que não consegue chegar ao corpo ideal. “Ainda bebo bastante durante o fim de semana. Se não fosse esse meu esforço, estaria obeso. Tento perder na semana o que ganho no fim de semana”, brinca Alberto, que pesa 80 quilos.
Enquanto isso, a assistente administrativa Renata Fernandes da Silva, de 35, está conseguindo cumprir a sua meta e já perdeu 3 quilos em apenas um mês. “Estou mais preocupada com a saúde, por causa da idade, e todo dia faço caminhada durante uma hora. Parei de comer comida gordurosa e estou dando preferência aos legumes e verduras. Tenho conseguido resistir à comida mineira, que é muito pesada, mas ainda como porções menores, sem exageros. Pretendo perder mais peso, que é uma grande dificuldade que tenho”, reclamou Renata, que pesa 70 quilos e pretende baixar para 65 quilos. “Todo santo dia subo na balança. Já sinto os efeitos dessa mudança de hábito. Estou mais bem disposta e me sentindo menos cansada”, comentou.