O delegado responsável pelo caso da mãe que esqueceu a filha em um carro em dezembro do ano passado na Região da Pampulha, decidiu não indiciar a mulher de 36 anos pela morte da menina, que teria completado 2 anos em janeiro último. O inquérito foi concluído na quarta-feira e entregue à Justiça nesta manhã.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Thiago Pacheco, da Terceira Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova, ele entregou um relatório à Justiça baseado em causa de exclusão de culpabilidade e sugeriu o arquivamento do caso. A decisão agora cabe ao Ministério Público, que pode aceitar o pedido ou solicitar novas apurações.
A caso aconteceu em 17 de dezembro A menina era levada todas as manhãs pelo pai à escolinha que fica no Bairro Liberdade, na Pampulha. O berçário ficava em local estratégico para a mãe que trabalhava no aeroporto e buscava a filha no fim da tarde. Porém, naquela semana o marido dela viajou e a técnica em eletrônica ficou responsável por levar a criança ao local, por meio período.
Acostumada à rotina anterior, a mãe – que ainda tem um casal de filhos -, foi direto para o trabalho e não percebeu que a caçula havia ficado na cadeirinha fixada no banco traseiro, atrás do banco do carona. A mulher só se deu conta de que a filha havia ficado no veículo quando chegou a hora de buscá-la no berçário.
Na época, o sargento Alexander Martins, do 13º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência, contou que, em estado de choque, a mulher não soube informar se chegou ir até a creche pela manhã, com intuito de levar a menina. “Ela disse que se lembrava apenas de ter ido ao berçário para pegar a filha, como de costume. Quando chegou, foi informada de que a menina não havia sido deixada no local. Foi então que ela voltou ao carro e, ao abrir a porta, viu a criança na cadeirinha. A mãe passou mal e teve de ser amparada pelos funcionários do estabelecimento”, relatou o militar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local, mas a criança já estava morta.