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Estado de Minas

Suspeito de matar jovem que não ajudou o tráfico poderá cumprir até 30 anos de prisão

Crime aconteceu em maio de 2012, no Bairro Nazaré. Polícia não tem dúvidas de que Ana Carolina Martins foi morta por impedir que primo guardasse drogas para traficante


postado em 17/04/2015 14:55 / atualizado em 17/04/2015 15:09

(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira um homem suspeito de cometer um crime cruel e com motivo fútil, que chocou moradores do Bairro Nazaré, Região Leste de Belo Horizonte. Conforme a investigação, Ramon Freitas Oliveira, 20 anos, matou Ana Carolina Gomes Batista, 18, com cinco tiros, sendo quatro no peito e um na testa, por ela não colaborar com a prática do tráfico de drogas. Se condenado, ele poderá cumprir até 30 anos de prisão.

O crime aconteceu em 29 de maio de 2012, quando a vítima estava sentada na porta de sua casa ouvindo música. De acordo com o delegado Emerson Morais, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a polícia teve um pouco de dificuldades para resolver o caso, já que a Ana não tinha nenhum envolvimento com o mundo do crime, o que dificultava o levantamento de hipóteses sobre a motivação do assassinato.

Ainda segundo o delegado, Ana Carolina tinha um primo, chamado Thiago, que fazia uso de drogas e que estava vivendo na rua. Por este motivo, ela convidou o parente para morar em sua casa, no Bairro Nazaré. Algum tempo depois, Thiago fez amizade com o traficante da região, Ramon Freitas, que chegou a pedir que ele guardasse uma quantidade de drogas em sua residência. Porém, o acordo foi vetado por Ana, o que gerou a revolta do criminoso.

Ramon passou a monitorar a rotina de Ana Carolina, a fim de identificar o melhor momento para a execução do crime. Ela foi assassinada, enquanto ouvia música pelo celular, em frente ao portão da casa onde morava. A vítima foi atingida por cinco disparos de arma de fogo, sendo quatro no peito e um na cabeça, quando Ana Carolina já estava caída. Na ocasião do crime, um irmão de Ramon, adolescente, tentou assumir a autoria do homicídio, mas a hipótese descartada pela polícia, que passou a investigar o crime.

Somente depois que Ramon foi preso por roubo, uma testemunha do homicídio foi até a polícia e relatou o motivo da morte da jovem. Ainda conforme o delegado Emerson Morais, Thiago e Ramon já tinham passagens pela polícia por porte de arma de fogo e tráfico de drogaa.

Com informações de Andréa Silva - Jornal Aqui


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