O número de casos da dengue na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, continua subindo descontroladamente. Em apenas uma semana, 89 pessoas foram diagnosticadas com a doença, passando de 137 para 226 confirmações. A regional tem 26,2% dos casos totais identificados na capital mineira, que já chegam a 862. Como o Estado de Minas mostrou na última segunda-feira, o armazenamento indevido de água por causa da crise de abastecimento nos três primeiros meses de 2015 é o principal causa para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento da enfermidade.
As autoridades ligaram o sinal de alerta principalmente por causa do último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado na última sexta-feira pela Prefeitura de Belo Horizonte. A pesquisa, realizada em março, mostrou que o índice de infestação de larvas do mosquito está quase três vezes acima do considerado pelo Ministério da Saúde como o máximo para um baixo risco para a ocorrência de epidemia.
A pesquisa, realizada em 49.373 imóveis da capital, revelou que 2,8% dos imóveis pesquisados contam com a presença do mosquito transmissor da dengue. A padronização do Ministério da Saúde aponta que o índice, para ser considerado de baixo risco, tem que ser até 1%. O resultado também identificou que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios.
Mutirões
Todas as semanas, funcionários da PBH fazem a limpeza de lotes vagos, ruas e avenidas visando combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Em 2015, até esta sexta-feira, já foram realizados 50 mutirões na capital. Durante essas atividades foram recolhidas 112 toneladas de materiais e 336 pneus. As próximas ações acontecem nas imediações Centro de Saúde Gentil Gomes e do Centro de Saúde Céu Azul.