O caso aconteceu no fim de março deste ano, mas tomou repercussão nos últimos dias depois que o estudante fez um depoimento no Facebook relatando como a situação aconteceu. Rapidamente, várias pessoas compartilharam e comentaram a postagem. De acordo com Pedro Henrique, ao chegar na faculdade, no último dia 30, policiais militares o abordaram quando trancava o carro.
O jovem alega que ameaçou fazer uma representação contra os policiais na corregedoria. Foi depois deste comentário, segundo o estudante, que a situação ficou tensa. “Estava chegando na Faculdade com o dever de estudar e eles brutalmente me algemaram e colocaram na viatura. A exposição para as pessoas foi intensa. A população ficou me olhando enquanto os policiais me xingavam a todo momento. Colocaram-me e tiraram da viatura várias vezes”, disse Pedro Henrique.
O estudante afirma que dentro da viatura, argumentou com os policiais para que eles averiguassem se o carro era ou não dele. Por isso, eles voltaram e fizeram buscas no veículo. Em seguida, o jovem foi levado para o Juizado Especial Criminal. Ele foi ouvido por um delegado e uma audiência de conciliação foi marcada para terça-feira. “Foi feita uma proposta para eu pagar serviços sociais, porém, meu advogado não aceitou, porque sou inocente. Vamos encaminhar o caso para o MP averiguar”, comentou.
Depois do acontecido, Pedro Henrique se diz amedrontado. “Mudei totalmente meus hábitos. A todo momento, mando mensagem para meus familiares, não saio mais sozinho. Hoje, fiquei com minha avó, que é uma pessoa muito espiritual para mim, e até tirei férias do meu serviço para eu poder ficar melhor”, afirmou o estudante.
De acordo com o tenente-coronel Eucles Figueiredo, o batalhão não foi formalmente notificado de nenhuma ação sobre o caso. “O 22º BPM desconhece. Não fomos formalmente acionados a respeito. Não posso me manifestar acerca de reclamações que não recebemos”, relatou. .