O drama vivido por moradores de Almenara, cidade de 38,7 mil habitantes, a 788 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, deve ter fim depois de cinco meses. A ponte no Rio Jequitinhonha, na área urbana do município, que foi interditada em 10 de janeiro por causa do excesso de peso de duas carretas, finalmente será liberada. O tráfego passará novamente no elevado a partir do dia 1º de maio. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
O problema no elevado foi causado por usa carretas bitrem que passaram pela estrutura carregadas com blocos de granito. O excesso de peso provocou o esmagamento parcial do topo de um dos pilares de sustentação. Uma empreiteira contratada pelo DER faz os reparos finais no pontilhão para a liberação no início de maio.
Desde 10 de janeiro, a população local passou a enfrentar uma série de transtornos quando precisa se deslocar até o outro lado do rio. A travessia é feita de balsa ou em uma passarela improvisada, que somente pode ser usada por pedestres. O uso da balsa custa R$ 5 (motos e carros de passeio) e R$ 10 (veículos de maior porte, como caminhonetes). Quem usa a balsa é obrigado a passar mais de duas horas na fila, pois a demanda é muito grande para o único equipamento desse tipo em operação no município.
No dia da interdição, um adolescente de 16 anos morreu afogado ao tentar atravessar o rio. De acordo com a Polícia Militar (PM), um jovem de 22 anos, colega de trabalho da vítima, disse que eles estavam saindo do serviço quando tentaram atravessar o rio a nado em direção ao Bairro Cidade Nova. Durante a travessia, ele percebeu que o amigo não conseguia mais nadar e estava pedindo socorro, mas não conseguiu alcançá-lo. Um sargento da PM conseguiu retirar o mais velho, mas o menor desapareceu nas águas. Moradores filmaram o momento do afogamento. Assista abaixo.
Na terça-feira, o Estado de Minas mostrou o drama vividos por moradores da região.