A Justiça julgou em segunda instância a liminar em que a Copasa tentava impedir que a empresa Águas de Pará de Minas passasse a operar na cidade do Centro-Oeste mineiro e deu ganho para a nova companhia, que assumiu a distribuição de água e a coleta de esgoto às 20h da última sexta-feira.
O prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), comemorou a decisão judicial. “Para nós, significou mais segurança. A licitação permitiu garantias bancárias pelo serviço com a empresa vencedora e um investimento de curto prazo no valor de R$ 100 milhões, para a instalação de uma nova estação de tratamento, em dois anos, coisa que a Copasa não poderia fazer”, afirma.
OUTRAS QUEIXAS Montes Claros também quer se desligar da empresa e assumir o fornecimento de recursos hídricos e tratamento de esgoto. Há queixas de falta de investimentos em fornecimento e baixa coleta e tratamento sanitário.
A situação mais crítica é mesmo em Pará de Minas, onde vários bairros enfrentam falhas de fornecimento que duram até oito dias seguidos. Restou aos moradores de áreas mais altas entrar em longas filas levando baldes e carrinhos de mão carregados de recipientes vazios para receber água de caminhões-pipa.
Já a Copasa afirma que os contratos preparados por municípios como Pará de Minas preveem a utilização da estrutura montada pela empresa sem qualquer compensação. Isso poderia levar as companhias que vencerem as licitações a serem obrigadas a fazer contratos com a estatal para operar suas redes de adutoras, estações e esgotamento..