De acordo com o processo, o técnico em enfermagem usou táticas idênticas para cometer o crime. As pacientes, que estavam sedadas por sentirem fortes dores, acabaram abusadas durante o plantão noturno. Os casos aconteceram em maio de 2011 e janeiro de 2012. A forma como aconteceu o estupro não foi informada pelo Ministério Público Federal (MPF).
O MPF ressaltou que a prova do crime aconteceu nas manhãs seguintes de cada caso. Ambas as vítimas, uma delas adolescente, denunciaram os fatos à administração do hospital e descreveram a forma como o acusado agiu. "As vítimas, que não se conhecem, descreveram os delitos de forma rigorosamente idêntica, tanto ao momento seguinte aos fatos quanto em Juízo. Essa descrição idêntica contemplou, inclusive, a percepção de ambas as vítimas, acostumadas ao tratamento com morfina, de que nas noites dos crimes foram submetidas a doses mais altas do que o normal", ressaltou o órgão na ação.
A Justiça condenou o técnico em enfermagem a 15 anos, 3 meses e 10 dias de prisão, a ser cumprida em regime fechado. Porém, vai recorrer em liberdade. A juíza que analisou o caso acatou o pedido do MPF e determinou que o réu fique afastado de funções que exijam contato direto com pacientes, seja em hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde ou quaisquer outros estabelecimentos semelhantes.
O HC-UFMG instaurou procedimentos administrativos para investigar os fatos. .