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Estado de Minas

Técnico em enfermagem é condenado a 15 anos de prisão por estuprar pacientes em hospital de BH

C.L.A, de 50 anos, é acusado de abusar de duas pacientes no Hospital das Clínicas. Ele foi afastado de suas atividades, mas vai recorrer em liberdade da condenação


postado em 24/04/2015 15:18 / atualizado em 24/04/2015 15:59

A Justiça Federal condenou um técnico em enfermagem do Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) por estupro de vulnerável. C.L.A, de 50 anos, recebeu pena de 15 anos e três meses de reclusão. Porém, recebeu o direito de recorrer da decisão, divulgada nesta sexta-feira, em liberdade, por causa disso não foi preso. Os abusos contra pacientes aconteceram no Hospital das Clínicas em 2011 e 2012.

De acordo com o processo, o técnico em enfermagem usou táticas idênticas para cometer o crime. As pacientes, que estavam sedadas por sentirem fortes dores, acabaram abusadas durante o plantão noturno. Os casos aconteceram em maio de 2011 e janeiro de 2012. A forma como aconteceu o estupro não foi informada pelo Ministério Público Federal (MPF).

O MPF ressaltou que a prova do crime aconteceu nas manhãs seguintes de cada caso. Ambas as vítimas, uma delas adolescente, denunciaram os fatos à administração do hospital e descreveram a forma como o acusado agiu. "As vítimas, que não se conhecem, descreveram os delitos de forma rigorosamente idêntica, tanto ao momento seguinte aos fatos quanto em Juízo. Essa descrição idêntica contemplou, inclusive, a percepção de ambas as vítimas, acostumadas ao tratamento com morfina, de que nas noites dos crimes foram submetidas a doses mais altas do que o normal", ressaltou o órgão na ação.

A Justiça condenou o técnico em enfermagem a 15 anos, 3 meses e 10 dias de prisão, a ser cumprida em regime fechado. Porém, vai recorrer em liberdade. A juíza que analisou o caso acatou o pedido do MPF e determinou que o réu fique afastado de funções que exijam contato direto com pacientes, seja em hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde ou quaisquer outros estabelecimentos semelhantes.

O HC-UFMG instaurou procedimentos administrativos para investigar os fatos.


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