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Estado de Minas

Além de sobretaxa, Copasa tenta acelerar obra para ampliar produção do Sistema Paraopeba

Essas são as principais estratégias da Copasa para tentar evitar a necessidade de racionamento de água na Grande BH


postado em 26/04/2015 06:00 / atualizado em 26/04/2015 07:32

Reservatório do Rio Manso: obra levaria água do Paraopeba para o local(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press - 20/03/2015)
Reservatório do Rio Manso: obra levaria água do Paraopeba para o local (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press - 20/03/2015)

Adotar sobretarifa para forçar a redução do consumo, pedir mais economia por parte da população e acelerar obras para aumentar a produção do Sistema Paraopeba, responsável por 30% do abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Essas são as principais estratégias da Copasa para tentar evitar a necessidade de racionamento de água na Grande BH. Como anunciou ontem a Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae/MG), a companhia de saneamento já fez pedido formal para adotar a cobrança, que será autorizada em meados de maio. Os critérios aplicados na capital e em mais 15 cidades da Grande BH serão discutidos nos próximos dias.


Evitar o racionamento é prioridade na Copasa, segundo fonte da empresa ouvida pelo Estado de Minas. Uma das soluções buscadas é acelerar as obras de captação no Rio Paraopeba para levar água ao reservatório do Rio Manso. A expectativa é que essas obras, que devem custar R$ 180 milhões, aumentem a produção do sistema antes do fim do ano, a tempo de evitar situação de colapso. O projeto da intervenção já foi entregue mês passado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e atualmente é analisado pela Copasa.


Em entrevista ao EM em fevereiro, a presidente da Copasa, Sinara Meireles, afirmou que a obra consiste na captação de cinco metros cúbicos de água por segundo do Rio Paraopeba para aumentar a quantidade que chega à estação de tratamento do Rio Manso. Para agilizar o procedimento, a opção é fazer a obra dentro da parceria público privada (PPP) firmada pelo governo estadual passado com a Odebrecht para aumentar a capacidade de distribuição de água entre as represas do Rio Manso e Vargem das Flores. A nova obra entraria como aditamento desse contrato, celebrado em dezembro de 2013.

Estudos

Em maio Segundo o presidente do Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, Breno Carone, já há movimentações para desapropriação do provável local onde seria feita a nova captação. “É uma área que fica no município de Brumadinho (Grande BH) e pertence ao Inhotim. A expectativa é que a Copasa apresente os estudos dessa captação na primeira quinzena de maio”, disse. “Há uma preocupação por parte do consórcio, porque abaixo desse ponto temos agricultura, indústria e o abastecimento de outras cidades. Porém, se a Copasa comprovar que não há problemas, não temos razão para ser contra a obra”, diz Carone, que também é vice-prefeito de Brumadinho.


A Copasa prometeu divulgar amanhã os dados de março do consumo de água nos imóveis que são clientes da companhia na Grande BH. Esse balanço indicará o andamento de outra meta da empresa, de obter a redução de 30% do consumo. Em relação à sobretaxa., a expectativa da Arsae/MG é que o modelo das novas tarifas para quem consumir mais do que a média do ano passado esteja pronto na segunda quinzena de maio. Antes, o modelo será submetido a uma consulta popular, o que deve ocorrer na semana de 4 a 8 de maio, segundo o diretor-geral da Arsae, Antonio Caram Filho. (Colaborou Mateus Parreiras)


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