O aumento no número de casos da dengue em Lavras, na Região Sul de Minas Gerais, que tirou até mesmo policiais militares de serviço por serem infectados pela doença, é preocupação das autoridades. O prefeito da cidade, Silas Costa Pereira (PSDB), decretou situação de emergência por causa da epidemia. Com a medida, a Secretaria Municipal de Saúde poderá fazer a contratação temporária de agentes para combater os focos do mosquito Aedes aegypti, além de outras ações.
O último balanço da Secretaria Municipal de Saúde da cidade, divulgado na última semana mostra que já foram registradas mais de 2,8 mil notificações e 855 casos confirmados da doença. A prefeitura pediu a ajuda do exército. Os militares vão ceder barracas para atendimento, triagem, exames, e hidratação para desafogar o sistema de saúde. Um projeto de lei será encaminhado à Câmara de Vereadores da cidade para punir moradores que não deixarem os agentes visitar os imóveis.
O alerta também foi ligado por causa do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), o índice de infestação predial em Lavras (relação do número de imóveis positivos para o mosquito pelo número de imóveis pesquisado).
Diante deste cenário, o prefeito Silas Costa decretou estado de emergência no município. Com a medida, que vale por um prazo de três meses, as secretarias municipais envolvidas no Programa de Combate e Prevenção à Dengue, poderão fazer contratações temporárias de pessoas por 90 dias, que podem ser prorrogadas por igual período de tempo. Segundo o documento, a Secretaria Municipal de Saúde ficará responsável em fazer a aquisição de equipamentos e obras para o combate do mosquito transmissor da doença.
Outra preocupação é com os municípios vizinhos a Lavras que enfrentam problemas semelhantes com a doença. No decreto, o prefeito autoriza a Secretaria Municipal de Saúde a convênios de colaboração com outras cidades para a disponibilizar máquinas, equipamentos e pessoal, “com vistas a conter os avanços da doença nas cidades já atingidas, evitando-se com isso a proliferação do mosquito transmissor naquelas não atingidas”.
Ações
Nos últimos meses foram realizados 28 mutirões de limpeza, mais de 166 mil recolhimentos de objetos que podem ser criadouros do mosquito, como pneus e garrafas, e 8,5 mil intervenções em piscinas e caixas d'água. O fumacê também percorre a cidade espalhando um inseticida. .