O ex-policial foi atender a ocorrência de capotamento e ligou para os administradores da empresa propondo minimizar os registros dos danos do Boletim de Acidente de Trânsito. Para isso, Perseu exigiu uma quantia de R$ 5 mil. As vítimas negaram a proposta e o ex-policial ameaçou multar os veículos da empresa estacionados no local do acidente. Logo depois, determinou que o veículo acidentado fosse removido para um pátio particular, não credenciado do Detran.
Temendo outros abusos, a empresa prometeu o pagar o valor no dia seguinte. Porém, os representantes da companhia procuraram a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal e relataram o que havia acontecido.
Perseu já havia sido condenado por participar de quadrilha que extorquia caminhoneiros nas BRs 116 e 262. Após as investigações, ele foi demitido da corporação. A última sentença ressalta a existência de denúncias de irregularidades semelhantes cometidas por policiais rodoviários federais lotados nos postos da PRF na região.
As investigações apontam ainda que os atos de corrupção na região eram tão frequentes que os motoristas e empresários já contabilizavam como “natural” as despesas que teriam de repassar aos policiais que cobravam propina.