Paz da Floresta diz que a cidade que ele conheceu há mais de 20 anos perdeu um pouco da magia, mas que, ainda assim, tem uma energia que ele não conheceu em nenhum lugar. “O boom imobiliário e a tecnologia prejudicaram São Thomé.
“Este é um planeta de mil reis. Rei é aquele que já alcançou recursos mínimos pela liberdade de viver.” Você já é rei, Paz? “Não. Ainda não. Tive que vender o meu chalé para o tratamento da minha perna”. Paz da Floresta está de muletas. Ele conta 21 pinos na perna esquerda. Um tombo nas montanhas.
ALTERNATIVA
No Bar Terraço é a banda Daz Antiga, com Gabola, D2 e Magno, a atração do feriado. Pires do Rio, de 40, nascido em Goiás, está em São Thomé há um mês. O pintor e escultor diz ter se encontrado na cidade. “É aqui que quero me enraizar igual a samambaia nas pedras”, sorri. Gabola canta Sociedade alternativa. “Esta música é meu mantra”, diz. Pires é só alegria junto ao balcão do bar, dançando ao som de Raul Seixas. Um insight: “A energia cósmica tem uma ligação entre o céu e a Tserra aqui.
Saiba mais
A lenda da estátua
Os índios cataguás habitaram a região até o século 18, quando foram expulsos pelos bandeirantes. O nome da cidade vem de uma lenda: um encontro no fim do século 18 de uma estátua de São Thomé em uma gruta por João Antão, um escravo analfabeto fugido de João Junqueira, com uma carta de escrita perfeita. Outra versão da lenda diz que a carta teria sido entregue na gruta a João Antão por um senhor de vestes brancas. Apresentando a carta ao seu antigo dono, como ordenado pelo emissário, João Antão teria conseguido a alforria. Impressionado pelo relato do escravo, João Junqueira também teria ordenado a construção de uma igreja. O “das Letras” do topônimo refere-se às inscrições rupestres que ainda podem ser vistas na gruta onde teria sido encontrada a estátua de São Thomé. A partir do início do século 20, a extração das “pedras de são thomé” (quartzito) se tornou a principal atividade econômica da cidade.
. A lenda da estátua
Os índios cataguás habitaram a região até o século 18, quando foram expulsos pelos bandeirantes. O nome da cidade vem de uma lenda: um encontro no fim do século 18 de uma estátua de São Thomé em uma gruta por João Antão, um escravo analfabeto fugido de João Junqueira, com uma carta de escrita perfeita. Outra versão da lenda diz que a carta teria sido entregue na gruta a João Antão por um senhor de vestes brancas. Apresentando a carta ao seu antigo dono, como ordenado pelo emissário, João Antão teria conseguido a alforria. Impressionado pelo relato do escravo, João Junqueira também teria ordenado a construção de uma igreja. O “das Letras” do topônimo refere-se às inscrições rupestres que ainda podem ser vistas na gruta onde teria sido encontrada a estátua de São Thomé. A partir do início do século 20, a extração das “pedras de são thomé” (quartzito) se tornou a principal atividade econômica da cidade.