A vacinação contra a gripe começou nesta segunda-feira em todo o Brasil, mas a população de Belo Horizonte ainda não pode ser imunizada nos postos de saúde. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), somente idosos acamados e também idosos residentes em casas de repouso estão recebendo a vacina nesta primeira semana da campanha.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, somente as pessoas nessas condições devem se cadastrar até o dia 8 de maio para receber a vacina em casa. O cadastro deve ser feito no telefone 3277-7722 – SOS Saúde, de 8h às 18h.
A campanha em Belo Horizonte só será lançada oficialmente em todos os 147 centros de saúde no sábado, dia 9 de maio. A partir desta data, a SMSA informa que deverão ser vacinadas crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, indígenas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
Por não haver material educativo da campanha na capital mineira, muitos moradores da capital estão procurarando os postos de saúde. O belo-horizontino Fernando Lopes, de 68 anos, saiu de casa para ir a um posto de saúde nesta segunda-feira, mas não conseguiu se vacinar. "Vi a notícia de que a campanha começava hoje e fui procurar um posto de saúde próximo à minha casa. No entanto, ao chegar no local, fui informado que eu só poderia ser vacinado no sábado", conta.
Em todo o país, as imunizações nos postos de saúde já acontecem normalmente nesta segunda-feira. No site do Ministério da Saúde e nos materiais de divulgação da camapanha, a data divulgada para a vacinação é a desta segunda-feira. A Secretaria Municipal de Saúde alega, no entanto, que a estratégia da administração municipal é diferente da adotada no restante do país. Segundo a assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde dá autonomia para as cidades decidirem sobre suas estratégias de vacinação.
Procurada pela reportagem do em.com.br, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou que o município tem autonomia para dividir a campanha de vacinação dessa forma e que a prática não é ilegal.