Jornal Estado de Minas

Guarda Municipal rejeita proposta da prefeitura e mantém greve

Agentes querem trabalhar armados na capital e cobram agilidade na implementação da medida. Prefeitura sugere cronograma para treinamento

Rafael Passos

Assembleia em frente ao prédio da prefeitura, no Centro de BH, decidiu pela manutenção da paralisação - Foto: Sindibel/Divulgação

A Guarda Municipal decidiu manter a greve por tempo indeterminado em Belo Horizonte. A decisão foi tomada em uma assembleia no fim da manhã desta quinta-feira, na capital. A categoria rejeitou a proposta apresentada pela prefeitura sobre o porte de arma de fogo durante o trabalho e pedem mais agilidade no processo.

Em nota, o Executivo informou que está providenciando a contratação de uma empresa especializada em treinamento de porte de arma. A previsão é que o serviço comece a ser prestado em outubro deste ano e, com isso, a prefeitura prevê que todo o efetivo esteja armado em janeiro de 2016.

A discussão para armar a guarda municipal de Belo Horizonte já é antiga. Em janeiro deste ano, o tema veio à tona depois que uma servidora foi atingida por uma bala de borracha durante uma confusão entre guardas e a PM no Centro da capital.

Outra reivindicação dos guardas é o acesso ao Registro de Evento de Defesa Social (Reds) para o  registro de ocorrências. O sistema é limitado ao uso da Polícia Militar (PM).
De acordo ainda com a prefeitura, a proposta será discutida com a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), porém a data do encontro não foi divulgado.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), os servidores voltam a se reunir na próxima segunda-feira (11), para discutir os rumos do movimento. Durante a manhã, eles realizaram uma passeata pelas ruas e avenidas do Centro da capital, deixando o trânsito lento na região, conforme a BHTrans.

 

 

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