De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), o que causa o impasse é uma recusa do governo estadual em assinar um documento que que comprovaria o acordo pelas reivindicações da categoria. Entre as condições pedidas, a principal dá conta da redução da jornada de trabalho com a manutenção dos salários dos servidores.
O Sind-Saúde/MG argumenta que outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, já cumprem a determinação da Organização Mundial de Saúde de jornada máxima de 30 horas semanais para os profissionais da área. O sindicato destaca que "à época das eleições, o então candidato ao governo Fernanda Pimentel entregou carta aos servidores da saúde com esse compromisso na época da eleição".
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, por meio de nota, que a reunião desta segunda-feira com os sindicalistas terminou sem consenso e que já está agendada um novo encontro, nesta terça-feira, "para dar continuidade às negociações".
Protestos
Na manhã desta terça-feira, os sindicalistas farão uma manifestação, que terá início às 9h, com concentração na Praça da Estação, e deverá seguir com uma passeata pelo Centro de Belo Horizonte. À tarde, com a reunião agendada para as 16h, os servidores também preparam um protesto próximo à Cidade Administrativa, na região metropolitana da capital.
Betim
Os servidores municipais da saúde de Betim, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, iniciam greve por tempo indeterminado a partir desta terça. A decisão da categoria foi definida na última quarta (6) após a prefeitura colocar em votação na Câmara Municipal projeto de lei que retira direitos adquiridos da categoria. Os trabalhadores comparam a proposta do governo que altera o Instituto de Previdência com o projeto apresentado no Paraná que deu origem às manifestações dos professores repercutida nacionalmente..