Jornal Estado de Minas

Restaurantes populares estão fechados por causa de falta de pagamento

Sem receber salário e vale transporte, estão paralisados os auxiliares de cozinha, caixas, trabalhadores dos serviços gerais e almoxarifado. Empresa terceirizada alega não receber dinheiro da PBH, que disse já ter depositado

Luana Cruz
Os restaurantes populares de Belo Horizonte estão com funcionamento restrito nesta terça-feira por causa de um impasse entre empresa terceirizada e prefeitura.
Os funcionários não receberam salário e vale transporte este mês, por isso decidiram paralisar as atividades. Segundo o Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios, em Empresas de Prestação de Serviço em Asseio, Conservação, Higienização, Desinsetização, Portaria, Vigia, e dos Cabineiros de Belo Horizonte (Sindeac), a empresa alega não ter recebido repasse da PBH para o pagamento. A administração municipal, por usa vez, afirma que já efetuou depósito de R$ 1.070.860,86 para a empresa.

Estão paralisados os auxiliares de cozinha, caixas, trabalhadores dos serviços gerais e almoxarifado. O impasse prejudicou o funcionamento dos restaurantes. Nesta manhã, conforme o Sindeac, o Restaurante Popular I - Herbert de Souza (Avenida do Contorno, 1148, Centro) ficou fechado. A prefeitura nega que a unidade tenha sido prejudicada e confirma o café da manhã foi servido no local.
Conforme a PBH, também funcionam normalmente o Refeitório Popular João Bosco Murta Lages (Câmara Municipal - Avenida dos Andradas, 3100, Santa Efigênia) e o Restaurante Popular III - Maria Regina Nabuco (Rua Padre Pedro Pinto, 2277, Venda Nova. No entanto, os Restaurantes Populares I e IV (Avenida Afonso Vaz de Melo, 1001, Barreiro) estão fechados para o almoço e o jantar.

O fechamento no Barreiro interrompe a programação de aniversário de cinco anos do restaurante, comemorado no dia 15 de maio. Estavam previstas atividades educativas e culturais na unidade, além do serviço usual de almoço e jantar. A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional informa que toda a agenda está suspensa.

A prefeitura esclareceu, em nota, que o contrato com a empresa está com seus pagamentos rigorosamente em dia. No intuito de não prejudicar o funcionamento dos restaurantes populares, a Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional já está providenciando junto ao Ministério Público do Trabalho a intermediação para possibilitar o pagamento direto aos funcionários. Essa mediação está agendada para o dia 13 de maio, às 14 horas, e tem como objetivo garantir que não haja prejuízo aos trabalhadores e aos usuários dos restaurantes populares.

Conforme a PBH, a empresa terceirizada também mantém um contrato com a Secretaria Municipal de Saúde na prestação de serviços administrativos. Conforme o Sindeac, há previsão de paralisação nessa secretaria na quarta-feira, por causa de falta de pagamento. O em.com.br tentou contato com a empresa prestadora de serviço, mas não conseguiu. .