A demora para que a rodovia Fernão Dias (BR-381) fosse liberada após acidente envolvendo uma carreta, ocorrido no dia 21 de março, foi a principal reclamação dos parlamentares em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A concessionária que administra a rodovia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) admitiram que houve falhas, mas não souberam apontar culpados e soluções para futuras ocorrências. A reunião foi realizada pela Comissão de Segurança Pública.
De acordo com o gerente de investimento da Autopista Fernão Dias, Fernando Henrique Arantes, os procedimentos possíveis foram tomados, mas não existem passagens pelo canteiro central ao longo da rodovia, e sim retornos a cada cinco ou sete quilômetros. O gerente de tráfego da concessionária, José Carlos de Oliveira, explicou, por sua vez, que foram oferecidas rotas alternativas aos usuários, que eram alertados do acidente pelos painéis eletrônicos ao longo da rodovia.
O deputado Cabo Júlio (PMDB) ponderou que se os próprios usuários fizeram um caminho alternativo, então era possível isso ter sido feito de forma menos precária pela concessionária. Ele disse que houve falha grave da empresa.
As condições a que foram expostos os motoristas foram destacadas pelo deputado Sargento Rodrigues, que lembrou que todos ficaram sem acesso a comida e água enquanto estavam parados na estrada e vulneráveis a assaltos e violências. Ele citou a Lei Federal 8.987, de 1995, que trata das concessões e permissões dos serviços públicos, e ressaltou que as empresas devem primar pela qualidade dos serviços prestados, o que inclui regularidade, continuidade, eficiência e segurança dos usuários.