Por volta das 19h, um caminhão da JA Transportes carregado com 22 toneladas de minério rodou ao sair de uma curva e, descontrolado, atingiu uma Parati, começando a sequência de colisões no km 542 da rodovia. Testemunhas apontam que o motorista, Daniel Fabrício Faleiro, de 34 anos, perdeu o controle do caminhão segundos antes da primeira batida.
O fisioterapeuta Willian Washington Reis, de 37 anos, vinha acompanhando a carreta desde a BR-040, na altura do Jardim Canadá, em Nova Lima. "Quando se aproximou do radar, o trânsito ficou mais lento. Eu diminuí e ele me passou pela direita. Pouco depois ele jogou para a esquerda, já descontrolado.
Outro motorista que estava próximo e acabou se envolvendo no acidente, o orçamentista Adalto Humberto, de 37 anos, relatou a rapidez do acidente. Seguia na pista do meio, na frente da carreta. Em cerca de 10 segundos, ele desceu buzinando e piscando os faróis. O motorista até tentou desviar, mas acabou acertando um outro veículo", descreve.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, há suspeitas de que a carreta teve problemas mecânicos e não conseguiu parar, arrastando outros veículos, entre motos, carros e um outro veículo de carga. Segundo o sargento Guilherme, o trânsito estava bastante carregado no momento do acidente.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o corpo da vítima que morreu no acidente está preso às ferragens. Os feridos estão sendo resgatados pela corporação e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Militares do 5º Batalhão da Polícia Militar também foram acionados para auxiliar na ocorrência. Vários curiosos acompanham o trabalho da polícia e do resgate no local.
Na edição desta quarta-feira, o caderno Gerais do Estado de Minas publicou uma matéria alertando para a falta de um equipamento de fiscalização eletrônica, retirado após uma batida há mais de dois meses. Segundo o Dnit, o radar - um dos seis instalados nos 5 quilômetros do trecho - não tem data para ser recolocado. A situação abriu brecha para abusos e cria um cenário de insegurança para quem usa o Anel diariamente
A descida do Betânia começa no início do Anel, no Olhos d’Água (Barreiro), e vai até o trevo de acesso ao bairro de mesmo nome (Oeste). Parte do trajeto é feito em linha reta, dando condições de aceleração, o que é feito principalmente por caminhões. É justamente nessa reta que ficava um dos seis redutores de velocidade do trecho. Ao garantir os 70km/h para os carros e motos e os 60km/h para os veículos pesados, esse radar dava condições com segurança ao acesso ao Buritis.
Com a retirada do equipamento para conserto, o que se percebe é um festival de imprudências, cujos protagonistas são, novamente, os caminhões.
Com informações de Guilherme Paranaíba e Landercy Hemerson
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