Ainda em 2011, a Polícia Civil recebeu denúncias anônimas de vítimas, muitas delas acompanhadas dos pais, que denunciavam a conduta de Marcelo. Conforme o próprio suspeito disse à investigação, ele havia recebido o acerto de um antigo emprego, que na época, girava em torno de R$ 30 mil. Com este dinheiro em mãos, Marcelo passou a organizar festas em sua residência, todas regadas a álcool e drogas, e frequentada por várias crianças e adolescentes, que tinham entre 10 e 17 anos de idade.
"Além disso, ele confirmou que saia com garotas que ele mesmo aliciava e as levava para clubes, restaurantes e outros locais. Até as amigas das próprias filhas ele abordava", conta a delegada responsável pela investigação, Ariadne Elloise. Ainda conforme a polícia, durante as festas, as adolescentes se tornavam ainda mais vulneráveis ao estupro.
Na época, Marcelo chegou a ser ouvido pela Polícia Civil, mas não foi preso e nem teve um mandado de prisão expedido, pois o prazo de flagrante já havia sido extinto.Ele chegou a alegar que as festas eram organizadas por seus filhos e que as menores ingeriam bebida alcoólica por vontade própria. Afirmou ainda que teria beijado apenas duas meninas, mas por brincadeira.
"Desde então, ele aparentemente parou de cometer os crimes, mas em setembro do ano passado, foi flagrado pela companheira, praticando sexo oral com a cunhada, que tinha apenas 7 anos idade.
Com o novo registro, a polícia passou a procurar por Marcelo, porém, familiares e amigos informavam que não tinham conhecimento sobre o seu paradeiro. Deste modo, a delegada pediu o mandado de prisão preventiva para o autor, que foi decretado em Betim. Foi feito ainda um trabalho de campana e monitoramento a partir de informações recebidas pelas vítimas e no último dia 3 de maio ele foi preso na Região da Pampulha, em BH.
Marcelo Ferreira Lima foi indiciado por estupro de vulnerável e delito de corrupção de menores. Ele foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Betim, onde vai aguardar por julgamento. A polícia espera que outras vítimas ainda denunciem o autor. .