De acordo com o Ministério Público Estadual e a PF, os desvios de recursos públicos patrocinados pelos envolvidos no esquema desmontado no Norte de Minas chega a R$ 28 milhões. No entanto, os promotores Paulo Márcio da Silva e Guilherme Roedel Fernandez afirmam que as fraudes no seguro DPVAT se espalham por outras comarcas em Minas Gerais e no Brasi. Segundo eles, a estimativa é de que os prejuízos cheguem a R$ 1 bilhão por ano.
De acordo com as investigações, as fraudes são praticadas da seguinte forma: quando uma pessoa sofre um acidente simples – uma queda de moto, por exemplo –, ela vai até o pronto socorro. Aí, é feito o registro da ocorrência.
O investigador Junio Pereira Ramos foi preso em Montes Claros e transferido para a Custódia da Policia Civil em Belo Horizonte. Ele teve prisão preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Montes Claros, Fausto Geraldo Ferreira Filho. Também foi decretada a prisão preventiva de Valdemir Cardoso Santana, dono de uma empresa da cidade que trabalha com os pedidos do seguro DPVAT. Segundo o advogado de defesa de Valdemir, Nestor Rodrigues, o empresário deve se apresentar ainda nesta quinta-feira, mas “a defesa entende que não há requisitos que justifiquem a prisão preventiva e deve entrar com as medidas cabíveis para reverter a decisão.”.