De acordo com o relato dos taxistas presentes, os frequentes congestionamentos nas vias laterais do Move, onde o tráfego é liberado para ônibus e veículos particulares, dificulta o trabalho dos taxistas. Somente nas viagens de longo percurso, como aquelas levam do centro da Capital ao aeroporto de Confins, por exemplo, a proibição de circulação nas vias exclusivas, que apresentam um trânsito mais fluido, levam a um aumento de 15 a 20 minutos no tempo da viagem, que chega a ficar até 20% mais cara. A situação, segundo os profissionais, desestimularia o uso do serviço por parte de turistas e passageiros que se dirigem à Lagoa da Pampulha, à Cidade Administrativa e a Confins.
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, o vereador Preto (DEM) defendeu que a proposta dos taxistas seja discutida com cautela, sobretudo em função do impacto que uma eventual mudança pode trazer para a segurança de motoristas e passageiros. De acordo com o parlamentar, alguns dos veículos do Move são de grandes dimensões e chegam a pesar 30 toneladas, o que dificulta o processo de frenagem, fazendo com que a entrada de veículos pequenos na via seja arriscada.
Já o vereador Professor Wendel (PSB), requerente da audiência, explicou que a categoria, organizada em sindicato, já realizou de estudos técnicos para avaliar a viabilidade da mudança nas regras em vigor, levando em conta, inclusive, eventuais impactos na segurança. Ainda segundo o parlamentar, a demanda dos taxistas vai ao encontro dos interesses da cidade, uma vez que beneficia não apenas os profissionais, mas também passageiros e turistas, que passarão a contar com um serviço mais águil e qualificado.
Na mesma perspectiva, o vereador Preto, que além de presidente da comissão é líder do governo na Câmara, afirmou vai colocar o tema em pauta em reunião com autoridades do governo municipal. A categoria alega que oferece um serviço de transporte público, assim como o Move, o que tornaria a proibição uma medida que atenta contra a isonomia.
O parlamentar avaliou positivamente o estudo técnico apresentado na audiência e afirmou que espera que a BHTras avalie a proposta, realizando, se necessário, investigações complementares, de modo a verificar a pertinência de se rever ou não a proibição da circulação de táxis em vias exclusivas do Move.