Com a economia de abril, a possibilidade de adoção de medidas para restringir o consumo, como a tarifa de contingência, podem ser adotas nos próximos meses, quando prevalece o tempo seco. A temporada de estiagem este ano está atrasada, devido às recentes chuvas, com volume superiores a média histórica para maio. Nos sistemas produtores do abastecimento de água na Grande BH, o maior volume de chuvas neste mês ocorreu no Rio das Velhas, que até ontem registrou 56,4 milímetros, quando a média é de 33mm no período.
Porém, o nível dos reservatórios continua baixo em relação ao ano passado. A campanha da Copasa pela economia, porém, não tem sensibilizado o consumidor: em fevereiro, logo depois de constatado o risco de desabastecimento, a economia foi de apenas 9,4%, menos que um terço da meta proposta.
Ontem, o sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água na Grande BH, acumulava 38,7% de sua capacidade. Em maio de 2014, antes do longo período de estiagem do ano passado, o sistema operava com 65,9% do total e, em igual período de 2013, com 92%. O sistema é composto pelos reservatórios do Rio Manso, que ontem estava com 51,7% de sua capacidade, Serra Azul, com 15%,9, e Vargem das Flores, com 40,5%. A vazão do Rio das Velhas, que no sábado era de 18,2 metros cúbicos por segundo, na segunda-feira caiu para 15,8 m3/s.
Em fevereiro, quando a Copasa divulgou balanço completo sobre a variação do consumo de água, constatou-se que apenas 20,37% das pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte economizaram o necessário para atingir a meta de 30%. Para piorar a situação, naquele mês 26,73% aumentaram o consumo de água. No estado, 27,59% gastaram mais..