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Estado de Minas

Meta de economia de água da Copasa ainda está longe da realidade na Grande BH

Consumo de água na Grande BH caiu 15% em relação ao ano passado, contra o objetivo de 30% estabelecido pela Copasa


postado em 20/05/2015 06:00 / atualizado em 20/05/2015 07:18

A meta de redução do consumo de água de 30%, proposta pela Copasa, ainda está distante da realidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Balanço divulgado ontem pela estatal destaca que apenas metade do objetivo foi atingida no mês passado, em comparação com igual período de 2014. O índice foi menor que o de março deste ano, que registrou economia de 16% na Grande BH. Sob a alegação de “estratégia de comunicação”, a companhia não deu mais detalhes sobre o consumo de abril, ao contrário dos números divulgados no portal “Copasa transparente” em fevereiro, quando era possível saber os diferentes percentuais de economia de grupos de usuários. Em Minas, a redução no mês passado foi ainda menor do que os 15% da capital: ficou em 12,25%.

Com a economia de abril, a possibilidade de adoção de medidas para restringir o consumo, como a tarifa de contingência, podem ser adotas nos próximos meses, quando prevalece o tempo seco. A temporada de estiagem este ano está atrasada, devido às recentes chuvas, com volume superiores a média histórica para maio. Nos sistemas produtores do abastecimento de água na Grande BH, o maior volume de chuvas neste mês ocorreu no Rio das Velhas, que até ontem registrou 56,4 milímetros, quando a média é de 33mm no período.

Porém, o nível dos reservatórios continua baixo em relação ao ano passado. A campanha da Copasa pela economia, porém, não tem sensibilizado o consumidor: em fevereiro, logo depois de constatado o risco de desabastecimento, a economia foi de apenas 9,4%, menos que um terço da meta proposta. No estado não foi diferente, com redução de 7,4% em fevereiro e 13,3% em março. A Copasa informa que acompanha diariamente o nível dos reservatórios e que a adoção de medidas de racionamento vai depender do comportamento de consumo durante a estiagem.

Ontem, o sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água na Grande BH, acumulava 38,7% de sua capacidade. Em maio de 2014, antes do longo período de estiagem do ano passado, o sistema operava com 65,9% do total e, em igual período de 2013, com 92%. O sistema é composto pelos reservatórios do Rio Manso, que ontem estava com 51,7% de sua capacidade, Serra Azul, com 15%,9, e Vargem das Flores, com 40,5%. A vazão do Rio das Velhas, que no sábado era de 18,2 metros cúbicos por segundo, na segunda-feira caiu para 15,8 m3/s.

Em fevereiro, quando a Copasa divulgou balanço completo sobre a variação do consumo de água, constatou-se que apenas 20,37% das pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte economizaram o necessário para atingir a meta de 30%. Para piorar a situação, naquele mês 26,73% aumentaram o consumo de água. No estado, 27,59% gastaram mais.


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