O Rio das Velhas, na Grande BH, entrou em estado de atenção porque apresentou baixa vazão nos últimos sete dias. O manancial, de onde vem 60% da água que chega às torneiras da capital e que era uma das esperanças para o abastecimento na região, agora está com baixo volume, assim como os reservatórios Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. Esses três estão com estado de escassez hídrica decretado pela portaria Igam 12/2015, desde 8 de abril, e prorrogado pela portaria Igam 17/2015, em 8 de maio.
A vazão do Rio das Velhas em m3/s nos últimos dias foi: em 12 de maio 19,2; em 13 de maio 20,2; em 14 de maio 19,5; em 15 de maio 16,7; em 16 de maio foi 18,2; em 17 de maio 15,3, em 18 de maio 15,8 e em 19 de maio 16,4. O rio tem registrado índice pluviométrico de zero milímetro, ou seja, não chove na área do manancial, o que agrava a situação.
A fase de atenção ainda não resulta em restrição de captações de água, mas adverte os usuários para a ameaça de que isso ocorra. No dia 17, por exemplo, a medição da Copasa apontou índice de 15,3 metros cúbicos por segundo, o menor dos últimos três meses. Estratégico, o Rio das Velhas era capaz de compensar as manobras da empresa de abastecimento e saneamento, obrigada a retirar menos água do Sistema Paraopeba, que nesta quarta-feira acumula 38,6% de seu volume total.
O estado de atenção do Rio das Velhas é consequência de baixa vazão nas estações Honório Bicalho – que abrange BH, Nova Lima, Itabirito, Sabará, Rio Acima e Raposos – e Santo Hipólito – que engloba Corinto, Morro da Garça, Curvelo, Cordisburgo, Inimutaba, Augusto de Lima, Buenópolis, Santo Hipólito, Presidente Juscelino, Monjolos, Santana de Pirapama, Gouvêa e Diamantina.
O estado de atenção antecede o estado de alerta, quando a vazão chega a 100% do índice Q7, 10. Nesse estágio, os outorgados devem se preparar para a iminência de restrição de consumo, etapa disparada quando as medidas de sete dias consecutivas atingem 70% da Q7, 10.