A primeira vez niguém esquece – principalmente se for num ambiente de arte, história e descobertas. Com os olhos brilhando de curiosidade, o jardineiro Aristeu Antônio Marioto, de 55 anos, conheceu, na tarde dessa quarta-feira, o Memorial Minas Gerais Vale, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na Semana dos Museus, a visita fez parte de uma ação que levou os profissionais da manutenção do espaço público mais nobre da cidade a um dos vizinhos ilustres. “Estive aqui, no tempo em que era a Secretaria da Fazenda. É tudo muito interessante e bonito. Vou trazer meu filho caçula, de três anos”, disse o jardineiro, encantado com a arquitetura do prédio do início da construção de BH .
“Um museu é uma escola que nos ensina muito sobre o mundo”, comentou Aristeu, enquanto seguia com bastante atenção as explicações da educadora Carolina Oliveira. Na sala que recria cavernas e as pinturas rupestres dos tempos pré-históricos, ele se surpreendeu com as cores, desenhos e formas, afirmando que já tinha ouvido falar a respeito do assunto: “Mas assim, bem de perto, é primeira vez que vejo”. Considerado um museu de experiências e totalmente interativo, o Memorial Minas Gerais Vale tem 31 espaços com 23 salas de exposições de longa duração.
Eram 15h, quando o grupo chegou ao espaço cultural e foi recebido pelo gestor do Memorial Wagner Tameirão. “Estamos com muitas ações na Semana dos Museus, entre oficinas, com temática indígena, e visitas. A presença dos funcionários da praça é muito importante, pois o museu recebe os mais diversos públicos. Queremos que eles se sintam bem e acolhidos aqui”, afirmou. “O convite foi ótimo, pois a gente nunca tem tempo. Chega o fim de semana, só queremos descansar e ficar com a família”, disse o também jardineiro Edmar da Conceição Mário, de 28, pai de quatro filhos. Os visitantes da empresa contratada pela Vale para fazer a manutenção da Praça da Liberdade, a maioria pisando no espaço, esteve nas salas Guimarães Rosa, dos Povos, Vilas Rupestres, Casa da Ópera, Fazendas Mineiras, Panteão da Política Mineira e Sala das Celebrações. A equipe, comandada pelo supervisor Audrei Ribas Paviote, tinha ainda os zeladores Mário Marioto e Wellington da Silva, o funcionário de serviços gerais, Anderson Carmona, e o eletricista Djalma Francisco de Morais. “Podemos ver a antiguidade com a tecnologia da modernidade”, destacou Djalma, que visitava o local pela segunda vez.
Após a visita dos funcionários da manutenção, será a vez dos monitores do Memorial irem à a Praça da Liberdade conhecer o trabalho dos zeladores. Trata-se de um intercâmbio de experiências, relacionado ao zelo com o espaço público.