O assaltante que foi morto por um policial civil há uma semana em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estava em liberdade provisória, assim como um comparsa que já foi preso.
O crime aconteceu na noite do dia 14 de maio. Segundo o delegado, o policial – que não teve o nome divulgado – estava chegando em casa com a esposa e, ao entrar na garagem, foi surpreendido por três homens. Um deles estava armado e se aproximou da porta do veículo, enquanto os outros dois foram em direção à parte de trás do carro, onde estava a esposa da vítima. Ao perceber a aproximação do criminoso com o revólver, o policial atirou. Segundo o delegado, mesmo ferido, Eliseu Santos Paulo, de 32 anos, ainda fez quatro disparos.
Conforme o delegado, um quarto envolvido esperava os assaltantes na direção de um Palio. Ele deixou os três na porta da residência e ficou parado na esquina, possivelmente para não ser flagrado por alguma câmera de segurança. “Esse mesmo carro pegou todos, inclusive o baleado. Se dirigiram para uma UAI no Bairro Pampulha, onde eles largaram esse Eliseu, e o carro - com ele dentro, com a arma e os cartuchos -, e fugiram”, explica Samuel Barreto. O assaltante morreu na Unidade de Atendimento Integrado.
Conforme o delegado, Eliseu possuía várias passagens por furtos e roubos a residências. “É bom salientar que a última prisão dele foi em 19 de dezembro de 2014 pela prática de furto a residência, e permaneceu (preso) até 26 de fevereiro, quando teve liberdade provisória”. O homem estava armado com um revólver calibre 38 com numeração raspada.
Depois dos dos disparos, a vítima acionou as polícias Civil e Militar. Em rastreamento, a PM acabou localizando Jessé Pedro da Silva, de 18 anos, um dos suspeitos que entrou na garagem do imóvel. “Esse rapaz é de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, e confessou o envolvimento dele, mas não declinou nomes dos demais comparsas. Ele foi autuado por tentativa de latrocínio”, diz o delegado Samuel Barreto.
REAÇÃO Os outros dois assaltantes que escaparam já foram identificados pela polícia, que preferiu não divulgar os nomes para não atrapalhar as investigações. O delegado apenas adianta que eles também têm passagens por outros crimes. Os detalhes do caso foram divulgados em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira. A arma usada pelo policial é de uso particular e está registrada. Ela foi periciada e devolvida a ele. “A gente reforça a população para não reagir, mas trata-se de uma vítima policial, muito bem preparado. Tem 25 anos de polícia e habilidade suficiente para usar ama de fogo e por isso ele reagiu”, esclarece o delegado, que acredita que o policial poderia ter sido ferido caso não reagisse.
Questionado sobre a possibilidade de uma tentativa de execução do policial civil, o delegado Barreto disse que a hipótese foi descartada, já que os criminosos não sabiam quem era a vítima. “De acordo com Jessé, eles estavam circulando pelo bairro aleatoriamente, estavam ali para fazer um roubo.