Cerca de 150 detentos do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, já foram atendidos pelo mutirão que analisa a situação jurídica da população carcerária da unidade nesta sexta-feira. O objetivo da iniciativa é desafogar a unidade, interditada pela Justiça no início de abril.
Com 404 vagas, a unidade abrigava 1.485 presos. Segundo ele, muitos dos que foram ouvidos pela manhã têm condições jurídicas para ganhar liberdade. “Essa é a primeira etapa, que é a coleta das versões dos presos. Depois vamos analisar os processos para ver quem tem direito ou não e tomamos as medidas”, explica.
O professor também destaca a importância da iniciativa diante da crise no sistema prisional. “Hoje já está mais do que claro que a condição do preso é importante, inclusive para a sociedade, porque dependendo dessa execução penal nós podemos fazer com que volte uma pessoa embrutecida, retornando para a sociedade trazendo mais violência”.
A meta do mutirão é atender todos os presos do Ceresp Gameleira nos próximos dias. Os trabalhos desta sexta continuam até o fim da tarde. O mutirião tem o apoio da Superintendência de Administração Prisional (Suapi).