Jornal Estado de Minas

Marcio Lacerda diz que plano diretor de BH será "polêmico"

Prefeito vai mandar para a Câmara proposta que, segundo ele, vai enfrentar resistência de setor imobiliário

Estado de Minas
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, disse, nesta sexta-feira, que nas próximas semanas vai enviar à Câmara Municipal um plano diretor para a capital que será "polêmico" e afirmou que o Executivo poderá "sofrer forte oposição no mercado imobiliário".
Lacerda, entretanto, não deu detalhes das sugestões do plano.

Ele comentou que a prefeitura não é contra a construção de edifícios nem à verticalização da cidade, mas que qualquer movimento nesse sentido precisa ser debatido e planejado.

"Tem que se adensar para aproximar as pessoas dos meios de transporte de massa e qualidade e criar centros comerciais para as pessoas não terem tanto trabalho de deslocamento. Teremos adversários que têm interesses legítimos, mas que só vislumbram o curto prazo em detrimento do interesse da população", declarou. O prefeito participou do Fórum de Mobilidade Urbana na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Queda de viaduto

Perguntado sobre a investigação do desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, que matou duas pessoas e feriu 22 em julho de 2014, Lacerda afirmou que está "tranquilo" em relação à inocência dos funcionários da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) "Confio na boa fé e na inocência dos funcionários da Sudecap, inclusive da ex-diretora Maria Cristina Novais. Mas temos que aguardar", ressaltou.

A Polícia Civil encerrou o inquérito sobre a queda do viaduto e foram responsabilizadas 19 pessoas, incluindo o então secretário de Obras, José Lauro Gomes Terror. Todos vão responder por dois homicídios com dolo eventual, 23 tentativas de homicídio com dolo eventual e pelo crime de desabamento.


Para a polícia, a omissão das empresas Consol e Cowan, responsáveis pelo projeto executivo do elevado e pela obra, respectivamente, ficou clara, mesmo após diversos alertas da Sudecap, desde 2012, de que havia erros grosseiros nos projetos.

As empreiteiras negam ter conhecimento de erros. Ainda segundo a polícia, houve cálculo errado de aço e concreto usados nos pilares do viaduto e que no momento da retirada das escoras os operários alertaram para problemas de estrutura.

Com Agência Estado
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