A Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte, receberá mais cuidados em breve. A prefeitura abriu licitação para serviços de manutenção, conservação e limpeza de uma das áreas verdes mais tradicionais da capital. A empresa que vencer a concorrência será responsável pelo plantio, corte e conservação de grama e dos arbustos. Também deverá cuidar de canteiros e sistema de irrigação.
O contrato de manutenção valerá por um ano. A empresa deve ser contratada a partir de junho deste ano. A última vez que a praça recebeu cuidados especiais foi em 2008, quando passou por revitalização com recursos do Orçamento Participativo Digital de 2006. Ela ficou 10 meses fechada e reabriu com jardins, mobiliário urbano e da fonte luminosa renovados. Desde então, a praça passa por pequenas intervenções de conservação.
Inaugurada em 1936, o espaço homenageia o advogado e jurista Raul Soares de Moura, governador do estado no período de 1922 a 1924. O projeto de construção da área verde foi desenvolvido pelo arquiteto Éric de Paula, inspirado no modelo europeu de jardins. A Praça Raul Soares é um bem tombado da cidade de Belo Horizonte.
Em 2013, o Estado de Minas mostrou que, fartos de assistir a moradores de rua fazendo necessidades em público, a cenas de sexo explícito, a depredações e à falta de segurança, vizinhos e representantes de instituições do entorno da Praça Raul Soares quiseram cercar o espaço com grades e controlar os acessos, aos moldes de um parque municipal.
O movimento foi encabeçado pelo condomínio do Edifício JK e teve apoio de outros interessados, como a vizinha Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte, mas não vingou. Na época, o Estado de Minas percorreu a praça para onde convergem as avenidas Amazonas, Augusto de Lima e Bias Fortes e constatou que a sujeira tomava conta dos caminhos entre os jardins e a fonte central, na época em processo de manutenção.
MORADORES DE RUA O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o Ministério Público e o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) assinaram, neste mês de maio, um convênio de cooperação dos direitos e pela promoção da cidadania entre a sociedade e a população de moradores de rua em Belo Horizonte. O projeto prevê uma articulação dos órgãos públicos como promotores e catalisadores de esforços em prol de cerca de 2 mil pessoas que vivem nas ruas da capital, segundo dados da prefeitura. A Praça Raul Soares, onde vivem moradores de rua, deve ser um dos alvos do projeto. .