A Polícia Federal apresentou no início da tarde desta quarta-feira o balanço final da Operação Sete Chaves, realizada em Minas Gerais e em outros três estados brasileiros, que teve o objetivo de desmanchar uma organização criminosa que fazia extração ilegal da turmalina da paraíba, uma das pedras mais valiosas do mundo.
Ainda conforme a PF, foram cumpridos ao todo 19 de busca e apreensão e oito de sequestro de bens, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o delegado, a investigação foi iniciada em 2009. A cidade de Governador Valadares, na Região do Rio Doce, funcionava como local para lapidação das pedras.
"Ainda não há como calcular o valor total do prejuízo causado pela quadrilha. A partir de agora vamos fazer um trabalho de perícia para saber a quantidade de pedras que foram extraídas ilegalmente. Estamos fazendo buscas para encontrar o último foragido e ainda podemos encontrar novos integrantes do grupo", disse o delegado.
Considerada uma das pedras mais caras do mundo, estimada em R$ 3 milhões, a turmalina Paraíba era retirada de São José da Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
A polícia suspeita que um grande volume dessas pedras já esteja nas mãos de joalheiros e proprietários particulares fora do país.
Com informações de Cristiane Silva .