A Polícia Federal apresentou no início da tarde desta quarta-feira o balanço final da Operação Sete Chaves, realizada em Minas Gerais e em outros três estados brasileiros, que teve o objetivo de desmanchar uma organização criminosa que fazia extração ilegal da turmalina da paraíba, uma das pedras mais valiosas do mundo. De acordo com o delegado Fabiano Lucena, sete dos oito mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos. Todos vão responder por usurpação de bens da União, crime ambiental, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.
"Ainda não há como calcular o valor total do prejuízo causado pela quadrilha. A partir de agora vamos fazer um trabalho de perícia para saber a quantidade de pedras que foram extraídas ilegalmente. Estamos fazendo buscas para encontrar o último foragido e ainda podemos encontrar novos integrantes do grupo", disse o delegado.
Considerada uma das pedras mais caras do mundo, estimada em R$ 3 milhões, a turmalina Paraíba era retirada de São José da Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
A polícia suspeita que um grande volume dessas pedras já esteja nas mãos de joalheiros e proprietários particulares fora do país. O mercado clandestino da pedra pode ter gerado uma movimentação milionária de capital ilícito, no Brasil e no exterior.
Com informações de Cristiane Silva