A violência volta a assustar estudantes no câmpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Por causa de assaltos ocorridos este mês, a Escola de Música da universidade decidiu orientar alunos a evitar passar por uma área conhecida como Bosque da Música, normalmente usada por universitários para descanso e para se deslocar ao refeitório. Pelo menos seis pessoas foram vítimas de ladrões em maio, o que também levou a escola a reforçar patrulhamento no gramado, estender horário de saída de um vigilante e trocar lâmpadas queimadas no entorno. O problema engrossa a lista de casos de insegurança na UFMG, que reduziu quadro de vigias por causa de redução de verbas federais. Ontem, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o tráfico de drogas na universidade, denunciado em março pelo Estado de Minas.
Na Escola de Música, o clima é de preocupação. Em 19 de maio, cinco alunos foram assaltados em duas diferentes ocorrências, pela mesma dupla de bandidos. Dias antes, uma aluna sofreu uma tentativa de assalto, no estacionamento, e levou um soco no rosto por ter reagido. Em um dos casos, três alunos seguiam pela trilha, por volta das 18h, para jantar no refeitório.
O jovens avisaram o segurança para comunicar o assalto, por rádio, a outras portarias, mas os criminosos conseguiram fugir. Antes de deixar o câmpus, a dupla ainda assaltou um casal de namorados a poucos metros de onde estavam Javer, Hudson e um colega. Em outra ocorrência, dez dias antes, uma aluna foi agredida por um bandido que tentou assaltá-la no estacionamento. Na quarta-feira, estudantes da Música se reuniram para discutir questões ligadas à segurança.
Por meio de nota publicada em uma rede social, a diretoria da Escola de Música informou sobre a tomada de providências. Além de reforço de patrulhamento, ampliação de horário de vigilância e troca de lâmpadas, oito postes de luz foram instalados no bosque e a previsão era que começassem a funcionar ontem. A diretora da escola, Mônica Pedrosa de Pádua, acredita que os casos sejam isolados e espera que as medidas surtam efeito.
Drogas Em outra frente, a Polícia Civil começou a apurar a ocorrência de tráfico de drogas em unidades da UFMG. A pedido do Ministério Público, a delegada Danielle Durães, da 2ª DP, abriu investigações das denúncias de venda de drogas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no câmpus Pampulha, e na Escola de Direito, na Avenida João Pinheiro.
A UFMG informou por meio de nota que a segurança tem sido prioridade e será pauta de comitê de gestão recém-instalado. A nota ressalta que várias medidas foram adotadas recentemente para ampliar a vigilância..