Depois de uma manhã caótica de chuva, manifestações, acidentes e greves, o trânsito flui normalmente em Belo Horizonte e a estações de ônibus funcionam.
No início da manhã, passageiros encontraram as 19 estações de metrô fechadas. Quando tentaram recorrer aos terminais de ônibus foram surpreendidos pela paralisação de motoristas e cobradores no horário de pico. Metalúrgicos fecharam a Avenida Amazonas, na Cidade Industrial, em protesto. Outro grupo da categoria ocupou a BR-040, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais.
Representantes do Movimento Sem Terra (MST) chegaram a fechar o trânsito perto da Praça da Estação, no Centro da capital, e depois outro grupo ocupou o prédio do Ministério da Fazenda, na Avenida Afonso Pena. Eles continuam no edifício, sem previsão de liberação.
Os servidores municipais de BH, que estão em greve, fizeram passeata pelo Centro com destino à Praça Sete, onde receberam apoio de outras categorias.
O reflexo de tantas manifestações de trabalhadores foi um trânsito caótico nas principais avenidas de BH no início da manhã. A chuva também contribuiu para lentidão e ocorrência de acidentes. Nas rodovias, houve batidas com mortes na BR-040, em Itabirito, e MGC-376, em Turmalina.
PROTESTOS CONTINUAM Outras manifestações e atos públicos estão marcados para a tarde desta sexta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sindrede/BH) realiza uma assembleia às 14h na Praça da Estação. Conforme Wanderson Rocha, da diretoria da entidade, no encontro será apresentado o resultado de uma reunião, ocorrida pela manhã, com os secretários de Planejamento e Recursos Humanos da prefeitura para apresentar as propostas do Executivo à categoria. Depois da assembleia pode haver uma passeata.
Também às 14h, Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dos servidores técnico-administrativos da UFMG e Cefet-MG vão participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre a terceirização. O senador Paulo Paim, do PT-RS, também participa do evento.
Às 16h, o mesmo grupo vai fazer uma concentração na Praça Afonso Arinos, e às 17h seguirão para o Grande Ato Contra a Terceirização, na Praça Sete. O protesto deve complicar a volta para casa dos belo-horizontinos.
BANCOS Há registro de várias agências bancárias fechadas no Hipercentro da capital, conforme informou Eliana Brasil, presidente do Sindicato de Belo Horizonte e Região. Segundo a representante, a paralisação atinge as agências de bancos privados, entre eles Bradesco, Itaú, HSBC e Santander, no entanto, o sindicato ainda não tem levantamento oficial sobre a adesão. Às 16h, a categoria se reúne na Praça Afonso Arinos, onde se junta a outros trabalhadores.
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