Depois de uma manhã caótica de chuva, manifestações, acidentes e greves, o trânsito flui normalmente em Belo Horizonte e a estações de ônibus funcionam. Somente o metrô da capital continua sem circular, porque a paralisação dos metroviários é de 24 horas. Todas as mobilizações desta sexta-feira são parte dos protestos nacionais convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contra o projeto da terceirização (PLC 30/2015).
No início da manhã, passageiros encontraram as 19 estações de metrô fechadas. Quando tentaram recorrer aos terminais de ônibus foram surpreendidos pela paralisação de motoristas e cobradores no horário de pico. Metalúrgicos fecharam a Avenida Amazonas, na Cidade Industrial, em protesto. Outro grupo da categoria ocupou a BR-040, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais.
Representantes do Movimento Sem Terra (MST) chegaram a fechar o trânsito perto da Praça da Estação, no Centro da capital, e depois outro grupo ocupou o prédio do Ministério da Fazenda, na Avenida Afonso Pena. Eles continuam no edifício, sem previsão de liberação. O Batalhão de Choque da PM acompanha a ocupação.
Os servidores municipais de BH, que estão em greve, fizeram passeata pelo Centro com destino à Praça Sete, onde receberam apoio de outras categorias.
O reflexo de tantas manifestações de trabalhadores foi um trânsito caótico nas principais avenidas de BH no início da manhã. A chuva também contribuiu para lentidão e ocorrência de acidentes. Nas rodovias, houve batidas com mortes na BR-040, em Itabirito, e MGC-376, em Turmalina.
PROTESTOS CONTINUAM Outras manifestações e atos públicos estão marcados para a tarde desta sexta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sindrede/BH) realiza uma assembleia às 14h na Praça da Estação. Conforme Wanderson Rocha, da diretoria da entidade, no encontro será apresentado o resultado de uma reunião, ocorrida pela manhã, com os secretários de Planejamento e Recursos Humanos da prefeitura para apresentar as propostas do Executivo à categoria. Depois da assembleia pode haver uma passeata.
Também às 14h, Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dos servidores técnico-administrativos da UFMG e Cefet-MG vão participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre a terceirização. O senador Paulo Paim, do PT-RS, também participa do evento.
Às 16h, o mesmo grupo vai fazer uma concentração na Praça Afonso Arinos, e às 17h seguirão para o Grande Ato Contra a Terceirização, na Praça Sete. O protesto deve complicar a volta para casa dos belo-horizontinos.
BANCOS Há registro de várias agências bancárias fechadas no Hipercentro da capital, conforme informou Eliana Brasil, presidente do Sindicato de Belo Horizonte e Região. Segundo a representante, a paralisação atinge as agências de bancos privados, entre eles Bradesco, Itaú, HSBC e Santander, no entanto, o sindicato ainda não tem levantamento oficial sobre a adesão. Às 16h, a categoria se reúne na Praça Afonso Arinos, onde se junta a outros trabalhadores.